Renato Paiva mal chegou ao Fortaleza e já se viu envolvido em um debate acalorado sobre sua passagem recente pelo Botafogo. Após a eliminação do Glorioso no Mundial de Clubes, o empresário John Textor culpou a estratégia do treinador e afirmou que o time “deveria ter vencido” Atlético de Madrid e Palmeiras. No entanto, Paiva foi direto ao rebater o ex-patrão e fez questão de exaltar o desempenho do time de Abel Ferreira.
“É muito mais fácil criticar e fazer sangue em cima do outro, que não tem sucesso. Portanto, vejo aquele jogo como mérito ao Palmeiras”, afirmou o português durante sua apresentação oficial no Fortaleza. Sendo assim, deixou clara sua discordância com o tom adotado por Textor.
Mérito do adversário ou culpa própria?
Vale destacar que Paiva enxergou o duelo contra o Palmeiras como um confronto tático equilibrado, decidido nos detalhes. Por isso, criticou a cultura de desvalorizar o adversário sempre que há uma derrota: “Hoje em dia, é muito difícil dar mérito a quem está do outro lado”.
Isso porque, segundo ele, o time alviverde surpreendeu com uma postura diferente, o que obrigou o Botafogo a baixar as linhas defensivas. Com isso, não houve espaço para aplicar a proposta ofensiva que vinha sendo trabalhada. “Em nenhum momento fomos defensivos intencionalmente”, garantiu.
Novo desafio, velhas convicções
Além disso, Renato Paiva reafirmou seu estilo de jogo ao assumir o comando do Fortaleza. Mesmo rotulado como retranqueiro por parte da torcida e imprensa, o técnico defendeu seus números e destacou seu histórico ofensivo em passagens por Equador, Portugal e México.
“Quem vê meus números, vê uma equipe que ataca, que propõe, que procura o gol”, pontuou. Desse jeito, o treinador espera reconstruir sua imagem no cenário brasileiro.
Dessa maneira, a chegada ao Fortaleza representa uma nova chance para mostrar seu trabalho com tranquilidade. Cabe ressaltar que o português assume um clube consolidado no cenário nacional, com estrutura estável e boas perspectivas.
Portanto, o embate com Textor pode ter ficado no passado, mas a resposta contundente de Paiva mostra que ele não pretende carregar críticas injustas sem reação. Por que aceitar o rótulo, quando os números dizem o contrário?
