A chegada de Davide Ancelotti ao Botafogo marca o início de um novo ciclo no clube. Filho do atual técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, o treinador italiano foi oficialmente apresentado nesta segunda-feira (14 de julho), no Estádio Nilton Santos. Embora ainda esteja em processo de regularização junto à CBF, Davide já participou do banco de reservas na vitória sobre o Vasco, inscrito como auxiliar técnico.
O contrato firmado entre as partes é válido até o fim de 2026 e contempla uma cláusula que permite sua presença na Copa do Mundo, caso deseje integrar a delegação da Seleção. Entretanto, o novo comandante alvinegro assegurou foco total em seu atual desafio: “Eu sou o treinador do Botafogo. Minha concentração e entrega é para o clube. Estou comprometido para o clube agora até o final da temporada. Estarei 100% aqui, minha cabeça está aqui. Não penso em outra coisa. Sobre a Copa do Mundo, vamos ver o que vai acontecer. Estou aqui e feliz”.
Davide, que começou a aprender português recentemente, demonstrou desenvoltura no idioma e defendeu o esforço como sinal de respeito à cultura local: “Falo português porque tenho capacidade de aprender rápido. Já falei com os jogadores, muitos falam espanhol também. Acredito que tenho que fazer isso por respeito ao clube, aos torcedores e aos profissionais. Me esforço muito para aprender rápido”.
Com discurso alinhado ao dono da SAF, John Textor, Davide destacou a sintonia entre os ideais do clube e sua filosofia de jogo. Para ele, coragem e versatilidade serão pilares de sua gestão: “Temos que jogar com coragem. Somos um time campeão, então temos que ter personalidade. Esse time é muito grande e representa muita coisa”.
Durante a apresentação, também abordou sua relação com o pai e deixou claro que trilhará seu próprio caminho: “Estou muito feliz de ser filho do Carlo, sou muito orgulhoso. Agora é a minha trajetória. Sei que tenho que trabalhar duro. Estou aqui hoje pelo meu trabalho. Tenho que demonstrar com resultados e trabalhos”.
Ao comentar a vitória sobre o Vasco, na qual atuou como auxiliar, revelou detalhes da proposta tática: “A ideia contra o Vasco foi ser agressivo no começo do jogo. Queríamos ter a ambição de fazer a pressão alta no início. […] Nos treinos vi que o Nathan tem a oportunidade de ser um centroavante e vi que poderia ser uma boa alteração”.
Apesar de jovem, Davide salientou que possui vasta experiência como auxiliar e elogiou o elenco atual: “Comparando o elenco que temos agora com os elencos que tive na minha experiência, o primeiro que vi foi a competitividade nos treinos. Isso é muito importante”.
Por fim, ao ser questionado sobre o motivo que o levou a aceitar o convite do clube carioca, respondeu com clareza: “A ambição e grandeza que esse clube tem é a mesma que eu tenho. Estamos muito alinhados”.
