A saída de Kauê para o futebol europeu poderia ser apenas mais uma transferência comum no mercado da bola. Mas, neste caso, o Botafogo tomou uma decisão que pode se transformar em uma das mais inteligentes dos últimos tempos.
Isso porque, mesmo com a ida do volante para o Porto, de Portugal, o clube carioca manteve 50% dos seus direitos econômicos e ainda poderá faturar até € 4,5 milhões no futuro.
Venda com cláusulas que protegem o clube
Segundo o jornalista Thiago Franklin, do “Canal do TF”, Kauê assinou um contrato de cinco anos com o clube português. Inicialmente, ele será utilizado na equipe B do Porto. Vale destacar que, por pouco, o Botafogo não perdeu o jogador de graça: Kauê já poderia assinar um pré-contrato a partir de setembro e sair sem custos em 2026.
Sendo assim, a diretoria se antecipou e fechou a venda com condições vantajosas. O clube manteve metade dos direitos econômicos do atleta e ainda concedeu ao Porto a opção de adquirir mais 30%, o que pode resultar no pagamento de até € 4,5 milhões, desde que o jogador cumpra metas estabelecidas em contrato.
Estratégia que reflete nova postura de gestão
Dessa maneira, a condução da negociação demonstra uma mudança de mentalidade na gestão botafoguense. Em vez de perder ativos valiosos sem retorno, o clube agora trabalha com foco no médio e longo prazo, estruturando acordos que garantem novas receitas, mesmo depois da saída de jogadores.
Isso porque, com o crescimento do atleta na Europa, o Botafogo pode se beneficiar diretamente. Por isso, trata-se de uma movimentação que preserva os interesses financeiros do clube e valoriza o processo de formação e venda de talentos.
Cabe ressaltar que essa operação se insere em um contexto mais amplo. O Botafogo vem reduzindo suas dívidas e ganhando fôlego financeiro. Com isso, ações como essa ajudam a consolidar um modelo mais sustentável, que não depende apenas de receitas imediatas, mas também de lucros futuros com transferências inteligentes.
Desse jeito, mesmo com a saída de Kauê, o torcedor alvinegro pode ter bons motivos para comemorar. Afinal, o volante pode ajudar o clube a encher os cofres no futuro, e isso, no futebol moderno, vale tanto quanto um gol no último minuto.
