O conceito do “Botafogo Way”, idealizado por John Textor, dono do clube, tem sido tema de debate após a eliminação do time diante do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes. O jornalista Eric Faria comentou, no programa “Fechamento SporTV”, sobre as dificuldades para implementar a filosofia exigida e contestou a culpabilização exclusiva do técnico Renato Paiva.
Eric ressalta que “nem sempre é a questão de quem está em campo que vai fazer você jogar mais defensivamente ou mais ofensivamente.” Ele explica que “você pode, com Marlon, Allan, jogar ofensivamente e pode jogar defensivamente com um volante só.” Portanto, a escalação não foi o principal motivo para o Botafogo ter sido dominado.
Falta de atitude e desfalques pesam no desempenho
“O que eu quero dizer é que não foi a escalação do Botafogo que fez com que o Botafogo fosse dominado pelo Palmeiras. Acho que a maneira como o time se comportou em campo, sim, foi um problema. Acho que o Botafogo não teve atitude, que se deixou dominar pelo Palmeiras também, por mérito do Palmeiras,” comentou o jornalista.
Além disso, ele destaca que “o Botafogo não teve um jogador super importante naquele dia, que é o Gregore, que faz falta também.” Isso porque, sem Gregore, o time perde um componente que “libera outros jogadores para jogarem também”, limitando as opções táticas.
Limitações no elenco e mudanças no comando
Eric também pondera sobre as saídas de Almada e Luiz Henrique, peças fundamentais da última temporada. “Quando você tira Almada e Luiz Henrique, que eram os protagonistas da campanha maravilhosa que o Botafogo fez ano passado, e não repõe à altura, porque é difícil repor…”, ele enfatiza. “O Artur Jorge também, que era o técnico, foi embora.”
Sendo assim, “acho que faltou um pouco de leitura para o Textor também.” O jornalista reconhece que, “ele é dono do Botafogo, ele faz o que ele bem entender, culpar o Renato Paiva apenas por essa falta de Botafogo Way me parece uma injustiça.”
Dessa maneira, vale destacar que o desafio do Botafogo vai muito além do treinador, porque envolve reconstrução de elenco e filosofia de jogo. Com isso, as cobranças precisam ser mais amplas e realistas para o momento vivido pelo clube.