A derrota do Botafogo por 2 a 0 para o Cruzeiro, no Estádio Nilton Santos, ganhou contornos ainda mais turbulentos com a situação de John. O goleiro, que negocia sua transferência para o West Ham, foi vaiado antes mesmo de entrar em campo, e sua falha no primeiro gol cruzeirense apenas aumentou a tensão.
No entanto, o comentarista Felipe Melo saiu em defesa do jogador e criticou a postura de parte da torcida alvinegra.
“Não concordo com torcedor vaiando porque o jogador vai embora. Eles vaiaram antes [do jogo]… Vaiar porque o John errou, beleza, faz parte. Futebol é passional. Agora, vaiar o atleta porque ele quer ir embora para jogar na Europa? E outra: ele não está saindo de graça, o West Ham vai pagar. Não é bom só para ele, é bom para o Botafogo também”, afirmou Felipe Melo, no “Fechamento SporTV”.
Emoção x razão: o dilema da arquibancada
Rafael Sóbis, também presente na bancada do programa, tentou explicar o lado dos torcedores. Segundo ele, a vaia expressa mais uma dor emocional do que revolta: “A maioria é aquela dor do filho estar saindo de casa”. Esse sentimento é comum em clubes que, como o Botafogo, encontram em determinados atletas peças-chave após anos de instabilidade.
Vale destacar que a falha de John foi duramente criticada. Denilson classificou a saída de bola como “despretensiosa”, enquanto Sóbis foi mais direto: “Foi displicente. Ele joga a bola como se estivesse num treino”. Por isso, o momento do jogador virou tema central nos debates esportivos.
Botafogo encara dilema estratégico na reta decisiva
Com isso, o clube vive um dilema: segurar o goleiro até encontrar uma reposição ou acelerar a venda para não perder valor de mercado. Sendo assim, John segue como titular, conforme garantiu o técnico Davide Ancelotti.
Dessa maneira, o episódio expõe não apenas a tensão da torcida, mas também o peso de decisões administrativas em momentos críticos da temporada.
