O Botafogo alcançou um feito histórico na quinta-feira (19 de junho), ao derrotar o Paris Saint-Germain por 1 a 0 pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. A vitória, além de surpreendente, encerrou um jejum de mais de 12 anos sem triunfos de equipes sul-americanas sobre europeias em competições oficiais da entidade máxima do futebol. A última vez havia sido em dezembro de 2012, quando o Corinthians superou o Chelsea na final do Mundial.
O gol solitário da partida foi marcado por Igor Jesus, ainda no primeiro tempo. Ele foi lançado por Savarino em um contra-ataque veloz, venceu a marcação de Pacho e finalizou com precisão no canto do goleiro Donnarumma. O lance se mostrou decisivo para o resultado e consagrou o atacante como o nome do jogo.

Apesar de contar com um elenco repleto de nomes de peso, como Kvaratskhelia, Doué e Vitinha, o PSG foi neutralizado durante boa parte da partida. O sistema defensivo do Botafogo teve atuação consistente, impedindo a criação de jogadas perigosas por parte do time francês. “Eles foram muito, muito bons na defesa. Nós tivemos muitas chances para marcar, mas agora temos que pensar no próximo jogo”, afirmou Kvaratskhelia após o confronto.
O próprio Kvaratskhelia não hesitou em reconhecer a superioridade do time carioca em campo. “Acho que hoje eles foram mais focados e tiveram mais energia, então mereceram vencer”, declarou o atacante georgiano. O jogador ainda destacou o respeito entre os times e a dificuldade do torneio: “Todos os times deste Mundial são muito bons, nós respeitamos todos”, completou.
Com a vitória, o Botafogo assumiu a liderança do Grupo B com seis pontos somados em dois jogos. O PSG ficou na segunda colocação, com três pontos, seguido por Atlético de Madrid e Seattle Sounders. O próximo compromisso do Botafogo será na segunda-feira (23 de junho), às 16h (horário de Brasília), contra os espanhóis, na última rodada da fase de grupos.
A repercussão da vitória foi significativa. O resultado colocou o nome do Botafogo em destaque na imprensa internacional e reacendeu o debate sobre a competitividade entre clubes sul-americanos e europeus. Afinal, em meio à hegemonia europeia dos últimos anos, o feito da equipe brasileira reaquece o prestígio do continente na disputa do Mundial.