A delegação do Botafogo viveu dias conturbados em Quito antes do decisivo confronto contra a LDU pela Libertadores. Entre erros logísticos por parte da polícia equatoriana, foguetório na porta do hotel e desafios impostos pela altitude, o clube carioca teve sua preparação comprometida. Paralelamente, nos bastidores, a diretoria segue ativa no mercado em busca de reforços para o setor defensivo, com negociações intensificadas por Alix Vinicius. Essas são as principais movimentações do Glorioso nos últimos dias.
Polícia atrasa chegada do Botafogo ao hotel em Quito
Na véspera do confronto contra a LDU pelas oitavas de final da Libertadores, o Botafogo enfrentou um contratempo inesperado em sua chegada a Quito. Um erro da polícia local na escolta do ônibus da delegação fez com que o time chegasse ao hotel de concentração com quase 30 minutos de atraso, às 22h15 do horário local. A equipe havia desembarcado às 20h10 após um voo fretado de seis horas, e o contratempo logístico gerou preocupação entre os dirigentes alvinegros.
Em resposta ao ocorrido, a diretoria do Botafogo decidiu formalizar uma queixa junto à Conmebol. A iniciativa busca garantir que situações semelhantes não se repitam e que a segurança e o planejamento dos clubes sejam respeitados em competições continentais. O clube ressaltou seu compromisso com a disciplina e com uma logística eficiente.
A preparação para o jogo, no entanto, seguiu conforme o cronograma. A equipe treinou no CT do Independiente del Valle, ajustando os últimos detalhes táticos. O técnico Davide Ancelotti pôde contar com o retorno de peças importantes como David Ricardo, Newton e Arthur Cabral. Contudo, Bastos, Kaio Pantaleão e Cuiabano permaneceram como desfalques, exigindo adaptações estratégicas.
Mesmo diante das adversidades, a diretoria e a comissão técnica demonstraram profissionalismo. O Botafogo reforçou seu foco em manter o rendimento esportivo em alta, com a classificação para a próxima fase da Libertadores sendo o objetivo central.
Torcida da LDU faz foguetório na porta do hotel do Botafogo
Na madrugada da quarta-feira (20), torcedores da LDU promoveram um forte foguetório em frente ao hotel onde a delegação do Botafogo estava hospedada, em Quito. A ação ocorreu por volta das 2h da manhã, horário local, com relatos de barulho constante e intenso, semelhante a comemorações de Réveillon. A intenção evidente era atrapalhar o descanso dos jogadores antes da partida decisiva.
O jornalista Pedro Dep, do “Canal Visitante”, relatou o episódio em suas redes sociais. “O foguetório não para. Começou às 2h, horário local, já tem uma hora que não tem sossego. Espero que a janela do hotel do Botafogo seja um pouco mais grossa. Parecia Réveillon em Copacabana. Foi muito pesado”.
Com a vantagem de 1 a 0 conquistada no jogo de ida no Nilton Santos, o Botafogo tem a responsabilidade de administrar o resultado fora de casa. Diante disso, a concentração e a preparação mental ganham ainda mais importância, sobretudo em um ambiente hostil e com pressão psicológica promovida pelos adversários.
Outro fator que desafia a equipe é a altitude de Quito, que exige condicionamento físico e adaptação fisiológica. O clube havia se programado para realizar treinos específicos com o objetivo de minimizar os impactos da altitude nos atletas. Pequenos detalhes como esses podem ser decisivos em jogos eliminatórios.
A expectativa é de um confronto acirrado. O retorno de Arthur Cabral e a possível titularidade de Matheus Martins oferecem novas opções ao técnico Davide Ancelotti. O Botafogo sabe que, para garantir a classificação, será preciso superar tanto os desafios esportivos quanto os externos.
Botafogo insiste na contratação de zagueiro do Atlético-GO
Enquanto o foco está no duelo pela Libertadores, a diretoria do Botafogo segue atuante no mercado da bola. O clube formalizou sua terceira proposta pelo zagueiro Alix Vinicius, do Atlético-GO. Após tentativas anteriores por empréstimo e compra obrigatória ao fim do vínculo, a nova investida tem como objetivo adquirir o atleta de forma definitiva, demonstrando a prioridade que o jogador representa para o elenco alvinegro.
Aos 25 anos, Alix Vinicius é visto como uma peça-chave para reforçar um setor fragilizado. Atualmente, o técnico Davide Ancelotti conta apenas com dois zagueiros de origem: Alexander Barboza e David Ricardo. Bastos e Kaio Fernando estão lesionados, e Jair foi recentemente negociado com o futebol inglês, acentuando a necessidade urgente por reforços na defesa.
Apesar do interesse firme do Botafogo, o entrave maior segue sendo a forma de pagamento. “Não posso vender jogador com mil parcelas, porque seria irresponsável da minha parte. Eu preciso vender, receber e investir. O Atlético-GO comprou o jogador e precisa ter lucro”, declarou Adson Batista, presidente do clube goiano.
O Botafogo demonstrou disposição para colaborar com o Atlético-GO na busca por um substituto para Alix, como forma de facilitar o acordo. O zagueiro já disputou 33 partidas e marcou dois gols nesta temporada, o que aumentou seu valor de mercado. A proposta gira em torno de R$ 10 milhões, e o Glorioso espera um desfecho positivo em breve para preencher essa lacuna no elenco.