Desde o início da temporada passada, Marlon Freitas tornou-se uma das peças mais regulares do Botafogo. O meio-campista, que chegou ao clube em 2023, rapidamente assumiu protagonismo na articulação entre defesa e ataque e se consolidou como capitão. Desde então, disputou 162 partidas e ficou fora de apenas 19 compromissos, evidenciando sua importância tática e física ao longo das últimas campanhas.
Entretanto, o jogador desfalcará a equipe no próximo compromisso do Campeonato Brasileiro. Neste sábado (9), às 20h30 (horário de Brasília), o Botafogo visita o Fortaleza, na Arena Castelão, sem contar com seu camisa 17. O atleta foi diagnosticado com concussão cerebral após uma disputa aérea com Laquintana na partida contra o Bragantino, pela Copa do Brasil, na última quarta-feira (6). Como resultado, precisará cumprir o protocolo de cinco dias de afastamento estipulado pela CBF.

Com a ausência de Marlon, o técnico Davide Ancelotti pode antecipar a estreia de Danilo entre os titulares. O meia, recém-chegado para reforçar o time no segundo semestre, participou dos jogos anteriores saindo do banco de reservas. Agora, desponta como opção principal para compor o meio-campo na ausência do capitão.
Além de Marlon Freitas, o Botafogo encara outros desafios para a montagem do elenco. O sistema defensivo está desfalcado: Bastos e Kaio seguem em tratamento no departamento médico, enquanto Barboza cumpre suspensão. Assim, o jovem David Ricardo é o único zagueiro de origem disponível, e a tendência é que o volante Newton seja improvisado no setor — função que ele já exerceu em outras ocasiões.
No setor ofensivo, por outro lado, há boas notícias. Artur, Arthur Cabral e Montoro, que foram poupados no confronto diante do Bragantino, devem retornar à equipe titular. Com isso, a equipe deve ter maior presença ofensiva para compensar as ausências no meio e na defesa.
A relevância de Marlon Freitas pode ser medida também pelos números. Desde sua estreia, o Botafogo acumula 162 jogos com ele em campo, com 86 vitórias, 39 empates e 37 derrotas — rendimento de 61%. Sem o capitão, foram 28 partidas, das quais o time venceu 12, empatou 6 e perdeu 10, registrando aproveitamento de 50%.
Aliás, essa diferença estatística reforça a percepção sobre o papel do jogador na estabilidade e construção do time. Mesmo que a comissão técnica conte com alternativas para suprir sua ausência, o impacto tático é inegável, sobretudo em um momento de calendário apertado e decisões importantes pela frente.