O duelo entre Botafogo e Atlético de Madrid nesta segunda-feira (24), às 16h (de Brasília), pela última rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes, terá um ingrediente especial fora das quatro linhas: o reencontro entre Renato Paiva e Diego Simeone.
Experiência que moldou uma carreira
Renato Paiva, técnico do Botafogo, conviveu diretamente com Simeone em 2018, quando fez um estágio de sete dias no Atlético de Madrid. À época, o português era treinador das categorias de base do Benfica e aproveitava períodos de pausa para se aprofundar em métodos de trabalho de outros profissionais. Isso porque ele via nesses momentos uma chance de ampliar sua visão tática e humana sobre o futebol.
Vale destacar que Paiva não se limitou à observação. Ele absorveu princípios defensivos e a forma como Simeone lidava com o elenco.
“Eu valorizo muito quem faz muito com menos que outro. Quando Diego (Simeone) chegou, vocês lembram como o Atlético estava?”, disse Paiva. Por isso, seu respeito pelo argentino é evidente, embora sua principal inspiração venha de outro gigante europeu.
O marco chamado Barcelona
Sendo assim, o técnico alvinegro fez questão de destacar que sua filosofia ofensiva foi moldada durante um estágio em La Masia, com Pep Guardiola. “Existe um antes e um depois do que aprendi no Barcelona”, afirmou. Com isso, Paiva trouxe ao Botafogo conceitos como jogo posicional, posse de bola qualificada e amplitude ofensiva, elementos que têm sido determinantes no sucesso do clube no Mundial.
Botafogo pode garantir classificação
Dessa maneira, com um modelo tático próprio e misto de influências, Paiva conduz o Glorioso na liderança do Grupo B, à frente de PSG e Atlético. Portanto, o Botafogo pode até perder por dois gols de diferença para avançar às oitavas.
Além disso, o reencontro com Simeone é simbólico: é como se o aluno, agora técnico de um time em ascensão, voltasse para desafiar o mestre, mas com sua própria identidade.


