A saída de Renato Paiva do comando do Botafogo ocorreu logo após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. A decisão, anunciada na noite de domingo (29), foi comunicada durante uma reunião com a diretoria e surpreendeu o treinador, que esperava discutir o planejamento da equipe para o restante da temporada.
Contratado em fevereiro de 2025, Paiva assumiu a equipe após a saída de Artur Jorge, responsável pelos títulos da Libertadores e do Brasileirão no ano anterior. Ao longo de sua passagem, o treinador comandou o time em 23 partidas, acumulando 12 vitórias, 3 empates e 8 derrotas — o que resultou em um aproveitamento de 56,5%.
Apesar da eliminação recente, o Botafogo avançou de fase na Libertadores e na Copa do Brasil. A equipe também ocupa a oitava posição no Campeonato Brasileiro, com 18 pontos em 11 rodadas. A trajetória de Paiva no Mundial foi marcada pela vitória sobre o PSG na fase de grupos, mas acabou encerrada com a derrota para o Palmeiras na prorrogação.
Nos bastidores, a demissão gerou reações inesperadas. De acordo com o ex-lateral Rafael, que ainda mantém contato com o elenco, a decisão de John Textor não era cogitada internamente: “Ninguém estava esperando isso. Não houve rumores, nenhum clima de tensão antes. Foi uma decisão repentina” — afirmou durante uma transmissão ao vivo.
Ainda segundo Rafael, o estilo adotado pelo time contra o PSG e o Palmeiras, considerado excessivamente defensivo, foi decisivo para o desligamento. “O Botafogo tem elenco para ser mais agressivo (…) Isso não combina com o que o Textor prega. Ele valoriza futebol ofensivo”, disse o ex-jogador, que também ressaltou a ausência de sinais claros de desgaste no ambiente interno.
Renato Paiva, por sua vez, relatou ter recebido a notícia com incredulidade e esperava um posicionamento direto de Textor, responsável por sua contratação. O português avaliou seu trabalho como positivo e destacou que o clube atravessava um momento de reformulação do elenco, com chegadas e saídas de atletas.
