Davide Ancelotti foi oficialmente apresentado como novo técnico do Botafogo na segunda-feira (14), no Estádio Nilton Santos. Essa será sua primeira experiência como treinador principal de uma equipe profissional. Aos 35 anos, o italiano vinha atuando como auxiliar técnico desde 2012, acompanhando o pai, Carlo Ancelotti, atualmente comandante da Seleção Brasileira.
Anteriormente, Davide já havia participado da vitória do Botafogo sobre o Vasco, embora ainda não estivesse regularizado como técnico e tenha sido inscrito como auxiliar de preparador de goleiros. Seu primeiro jogo oficial no comando da equipe deve ocorrer na quarta-feira (16), diante do Vitória, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Durante a coletiva de apresentação, o técnico reafirmou o compromisso exclusivo com o clube carioca e afastou qualquer envolvimento com a Seleção Brasileira, pelo menos neste momento. “Eu sou treinador do Botafogo. Minha concentração e entrega é para o clube. Estou comprometido com o clube agora, até o final da temporada, vou estar 100% no Botafogo. Minha cabeça está com o clube. Não penso em outra coisa. Na Copa do Mundo, vamos ver o que vai acontecer. Agora, estou feliz em ser o treinador do Botafogo”.
A escolha de Davide foi influenciada pela proposta apresentada por John Textor. Segundo ele, a ambição e a grandeza do Botafogo foram decisivas. “Quando falei com o presidente, não pensei muito, foi muito rápido. A ambição, a grandeza do clube, a competitividade, a vontade de ganhar é a mesma que tenho. Alinhados”.
Ancelotti ainda destacou que, apesar da pouca idade, acumula bagagem por conta da longa trajetória como auxiliar. “Sou jovem, mas tenho muitos anos no futebol. Cheguei semana passada, os profissionais me ajudam muito, gostei muito da ajuda da comissão para ter as informações sobre as equipes, são muito boas. Então, ser jovem tem uma coisa positiva. Vou cometer erros, mas todos estão crescendo com o clube e eu, como treinador, quero crescer ao lado do Botafogo também”.
Sobre sua filosofia, mencionou a influência do pai, especialmente no aspecto humano do trabalho. “Com meu pai, aprendi que as pessoas são muito importantes. Em primeiro lugar, são as pessoas, os jogadores. A relação pessoal é mais importante, isso é o que meu pai ensinou de mais importante”.
Ao avaliar o calendário do futebol brasileiro, mostrou-se consciente dos desafios. “A tendência do futebol no mundo inteiro é assim. Minha experiência, foram mais de 70 partidas com o Real Madrid. Não vai ser um problema, mas é um problema geral pois a qualidade do jogo cai. Na última Copa do Mundo de Clubes, as equipes europeias chegaram cansadas, a qualidade não foi sempre a melhor, na minha opinião”.
Por fim, reforçou que, embora o objetivo de títulos não tenha sido discutido em sua chegada, espera construir uma equipe competitiva. “Temos que jogar e representar os valores do clube, um futebol de coragem e atrevido. Vou trabalhar duro para conseguir isso, sabendo que os resultados são importantes. Temos que trabalhar duro e conquistar resultados”.
