Durante uma recente coletiva, o técnico Renato Paiva protagonizou um momento que rapidamente viralizou nas redes sociais. Ao fazer uma pergunta direcionada a Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, Paiva ironizou um dos episódios mais turbulentos de sua carreira: sua demissão do Botafogo, ocorrida após desentendimentos com o dono da SAF alvinegra, John Textor.
“Eu posso jogar com 3 volantes?”, disparou Paiva, arrancando risos do público presente. A frase, embora dita em tom de brincadeira, carrega uma crítica direta à forma como sua passagem pelo Botafogo terminou. Cabe ressaltar, também representa um posicionamento sobre liberdade tática no futebol atual.
Renato Paiva fazendo uma pergunta irônica a Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, para alfinetar John Textor, do Botafogo:
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) July 25, 2025
“Eu posso jogar com 3 volantes?”
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Relembre o caso: o “Botafogo Way” e a saída conturbada
Renato Paiva foi desligado do Botafogo após contrariar o estilo de jogo idealizado por Textor, o chamado “Botafogo Way”, baseado em uma proposta ofensiva e dinâmica. Segundo o próprio empresário, a decisão foi tomada porque o treinador “não respeitou o Botafogo Way e quebrou seus próprios princípios”. Isso porque, na visão da diretoria, Paiva havia adotado um modelo mais defensivo, especialmente ao escalar três volantes e improvisar Cuiabano como atacante.
Vale destacar que o português se defendeu publicamente, em entrevista ao jornalista André Rizek, afirmando que o motivo real da demissão foi sua escolha tática e não questões comportamentais.
Três volantes: tática que já deu certo
Dessa maneira, a formação com três volantes passou a simbolizar a ruptura entre Paiva e Textor. Por isso, a ironia feita por Paiva durante o evento teve um peso simbólico ainda maior. Com isso, ele também reforça sua convicção no esquema que, durante o Mundial de Clubes, levou o Botafogo a uma vitória histórica sobre o Paris Saint-Germain, apesar do insucesso posterior diante do Palmeiras.
Além disso, o episódio mostra como decisões técnicas podem colidir com filosofias empresariais nas SAFs, acendendo debates sobre autonomia de treinadores no futebol moderno. Sendo assim, a fala de Paiva repercute não só pelo tom irônico, mas porque reacende discussões maiores sobre comando, identidade e liberdade tática no esporte. Desse jeito, Renato Paiva voltou aos holofotes e desta vez, com a última palavra.