Casagrande fez declarações contundentes sobre a situação financeira do Corinthians, apontando risco de falência caso o clube não adote uma postura administrativa mais cautelosa. Segundo o comentarista, a política de gastar altos valores em contratações, mesmo estando atolado em dívidas que ultrapassam R$ 2 bilhões, coloca o futuro do clube em perigo. Além disso, ele criticou a recente penalização do Timão pela Fifa, com o transfer ban devido a débitos pendentes na compra do zagueiro Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México.
Dívida bilionária e gestão “fora de controle”
“Entendo que os torcedores querem um time competitivo para lutar por títulos, mas eu me preocupo com o futuro do Corinthians. Se a dívida continuar aumentando, em poucos anos não terá mais time e nem clube. O Corinthians precisa urgentemente começar uma política de pés no chão, senão não terá mais chão para colocar os pés”, declarou Casagrande.
Para o ex-jogador, o clube se comporta como alguém atolado em débitos, mas que insiste em ostentar um carro novo. Sendo assim, é necessário rever imediatamente a política financeira e de contratações para evitar que a dívida comprometa a existência do Timão.
Contratação de Vitinho e crítica à diretoria
Casagrande também comentou a oficialização da contratação de Vitinho, atacante que atuava no Oriente Médio e receberá salário próximo de R$ 1 milhão por mês. “Festa e sorrisos no rosto dos diretores pela contratação do Vitinho, que irá receber perto de R$ 1 milhão por mês, na maior cara de pau do mundo. E hoje ainda vejo uma entrevista do Fabinho Soldado dizendo: ‘Estamos no mercado e, dentro das nossas possibilidades, dentro das nossas condições, as contratações serão feitas’”, avaliou.
Isso porque, na visão do comentarista, o clube não possui condições financeiras para assumir compromissos desse porte sem colocar em risco sua saúde financeira. Dessa maneira, Casagrande defende uma “limpa” nos bastidores e a saída de ex-gestores que contribuíram para o acúmulo da dívida.
Situação no Brasileirão e risco de rebaixamento
Além dos problemas administrativos, o Corinthians vive fase instável dentro de campo. Com a derrota para o Juventude na 19ª rodada, o clube estacionou em 22 pontos, ocupando a 13ª colocação. Com isso, a distância para o Z4 caiu para seis pontos. Vale destacar que o levantamento do Departamento de Matemática da UFMG aponta aumento de 10,3% para 17,1% nos riscos de rebaixamento.
Portanto, a combinação de instabilidade financeira e desempenho irregular preocupa torcedores e especialistas. Desse jeito, o Corinthians precisa urgentemente equilibrar finanças e resultados para garantir sua sobrevivência no cenário nacional.
