Em meio à instabilidade técnica dentro das quatro linhas, o Corinthians agora também precisa lidar com problemas financeiros ligados diretamente ao ex-presidente Augusto Melo.
O clube paulista notificou oficialmente um aliado político do dirigente afastado, cobrando uma dívida de R$ 1,3 milhão pelo uso de camarotes e estacionamentos da Neo Química Arena durante quase um ano e meio. O episódio amplia ainda mais a crise institucional que se arrasta nos bastidores do Timão.
Uso indevido de camarotes
De acordo com informações divulgadas pelo UOL Esporte, Igor Zveibrucker, amigo próximo de Augusto Melo, é apontado como responsável por utilizar espaços do estádio corintiano sem quitar as devidas taxas. Vale destacar que o clube estipulou um prazo de cinco dias úteis para o pagamento da dívida, que se refere ao uso contínuo de áreas nobres da Arena.
A cobrança ocorre em um momento de reorganização interna no clube, que tenta recuperar a estabilidade após o afastamento do presidente e diversas denúncias envolvendo sua gestão. Por isso, o caso ganhou contornos ainda mais delicados, aumentando a desconfiança da torcida quanto à conduta administrativa da antiga diretoria.
Mau desempenho em campo amplia pressão
Além disso, o momento esportivo também não favorece. O Corinthians ocupa a parte inferior da tabela no Brasileirão Betano e tem gerado frustração na Fiel. O técnico Dorival Júnior sofre críticas recorrentes porque o time ainda não apresentou evolução tática e os resultados seguem aquém do esperado.
Sendo assim, o cenário é de cobrança dentro e fora de campo. O clube volta a atuar após a pausa do Super Mundial de Clubes enfrentando o RB Bragantino, seguido por confrontos importantes contra São Paulo, Cruzeiro, Botafogo e o clássico diante do Palmeiras pela Copa do Brasil.
Gestão sob desconfiança
Cabe ressaltar que o episódio envolvendo a dívida milionária não é um caso isolado, isso porque outros contratos e acordos realizados na gestão Augusto Melo também estão sendo revisados.
Dessa maneira, o clube tenta reestruturar suas finanças e restaurar a confiança da torcida e dos conselheiros. Com isso, o Corinthians inicia um processo de transição administrativa que pode ser decisivo para seu futuro institucional.