O Corinthians foi derrotado no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) e precisa quitar uma dívida de US$ 6,145 milhões (cerca de R$ 33,86 milhões) ao Santos Laguna, do México, até às 23h59 (horário de Brasília) de domingo (11 de agosto), a fim de evitar a imposição de um transfer ban.
A decisão foi publicada após o clube recorrer de condenação anterior imposta pela Fifa, que já exigia o pagamento do valor desde outubro do ano passado.
Conforme consta no processo, a entidade máxima do futebol mundial reconheceu o não cumprimento contratual por parte do clube brasileiro, que pagou apenas a primeira parcela de US$ 2 milhões referente à aquisição do zagueiro. O restante do valor, dividido em cinco prestações com vencimentos entre maio de 2024 e janeiro de 2026, não foi quitado.
Detalhamento das penalidades e valores acumulados
Além do valor principal, a condenação estipula juros anuais de 18%, multa de US$ 675 mil por inadimplência, US$ 30 mil à Fifa e outros US$ 25 mil referentes a honorários advocatícios. Dessa forma, o montante exigido ultrapassa o valor inicialmente contratado.
O CAS, instância máxima em disputas esportivas internacionais, manteve integralmente a sentença, obrigando o Corinthians a quitar os débitos para não ficar impedido de registrar novos atletas em futuras janelas de transferências.
Histórico da contratação de Félix Torres
O defensor equatoriano foi contratado em janeiro de 2024 por US$ 6,5 milhões. À época, a negociação foi uma das primeiras da gestão de Augusto Melo. No entanto, o jogador não se consolidou como titular absoluto. Desde sua chegada, disputou 77 partidas e marcou um gol. Na atual temporada, participou de 25 confrontos.
Ainda assim, a diretoria recusou uma oferta pelo atleta em junho, por considerá-la abaixo das expectativas.
Outras pendências internacionais
A situação de Torres não é a única que preocupa os gestores do clube do Parque São Jorge. Em fevereiro, a Fifa também condenou o Corinthians a pagar cinco milhões de dólares (cerca de R$ 29,4 milhões) ao Talleres, da Argentina, em razão da transferência do meia Rodrigo Garro. O caso está sob análise do CAS, e o veredito ainda não foi divulgado.
Além disso, a diretoria ainda aguarda a decisão do tribunal arbitral sobre o processo movido por Matías Rojas, que cobra aproximadamente R$ 40,4 milhões.
Impacto financeiro e contexto institucional
No momento em que a punição ameaça o planejamento do elenco, o Corinthians negocia com a Liga Forte União (LFU) a antecipação de R$ 57 milhões, tentativa que visa aliviar o cenário financeiro e assegurar o cumprimento de compromissos prioritários.