sexta-feira, agosto 15, 2025
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Corinthians emite nota oficial direcionada ao Bahia

Clube paulista critica negociação de Kauê Furquim e promete recorrer à CBF e FIFA

O Corinthians se manifestou oficialmente sobre a transferência de Kauê Furquim, de 16 anos, para o Bahia, classificando a negociação como “ilícita e imoral”. Além disso, a diretoria corintiana acusa o Bahia de atuar como mero intermediador de interesses comerciais do Grupo City no Brasil, aproveitando brechas na legislação para facilitar a saída precoce do jovem atacante.

Acusações e posicionamento oficial

Vale destacar que Kauê Furquim era uma das principais promessas da base do Corinthians, integrando o elenco sub-17 e treinando esporadicamente com o time profissional. Em nota, o clube afirmou: “Repudiamos, veementemente, o aliciamento ilícito e imoral do jogador Kauê Furquim, formado nas categorias de base do Corinthians, em trama envolvendo o City Football Group e o Esporte Clube Bahia.”

Além disso, o Timão reforçou que em nenhum momento foi comunicado sobre a negociação e promete estudar caminhos jurídicos para responsabilizar os envolvidos. “Estudaremos os caminhos jurídicos necessários e possíveis para punir os responsáveis e apelaremos à CBF e à FIFA para que a justiça seja feita”, declarou o clube.

Questão da multa rescisória

Cabe ressaltar que, em abril deste ano, Kauê assinou seu primeiro contrato profissional com o Corinthians. Para transferências ao mercado externo, a multa estipulada foi de 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 331 milhões na cotação da época).

No mercado interno, no entanto, a legislação determina que a multa seja de duas mil vezes o salário do atleta. Por isso, a diretoria argumenta que o Bahia utilizou essa brecha para pagar apenas R$ 14 milhões e garantir a saída do atacante. Dessa maneira, o clube se sente prejudicado em termos esportivos e comerciais.

Repercussão e próximos passos

Desse jeito, o Corinthians rompeu qualquer relação institucional com o Bahia e com o City Football Group, reforçando o repúdio à negociação. Com isso, a expectativa é que o clube busque respaldo da CBF e da FIFA para reverter ou punir os envolvidos.

Além disso, a situação reacende o debate sobre a proteção de jovens talentos no futebol brasileiro, porque episódios assim podem comprometer a formação e o futuro de atletas ainda em desenvolvimento. Sendo assim, a transferência de Kauê Furquim se tornou um caso emblemático sobre ética, legislação e interesses econômicos no futebol nacional.