A sequência de suspensões por cartões tem afetado diretamente o Corinthians nesta reta final do Campeonato Brasileiro. O mais recente desfalque confirmado é o meia Rodrigo Garro, que levou o terceiro cartão amarelo na derrota para o Ceará e está fora do clássico contra o São Paulo, marcado para quinta-feira (20 de novembro), às 20 horas (horário de Brasília), na Neo Química Arena.
O volante Maycon, atual capitão da equipe, saiu em defesa de Garro. Segundo ele, a advertência sofrida pelo argentino foi uma consequência natural da intensidade exigida dentro de campo. Para Maycon, situações como essa fazem parte do jogo, especialmente em momentos decisivos da temporada.
“A gente tem segundos para decidir, para pressionar. Depois que revê o lance, é mais fácil falar. Mas, no calor do jogo, tomamos a decisão que achamos melhor para o time”, explicou o camisa 7 ao comentar o episódio que tirou Garro do Majestoso.
Ainda durante a entrevista, o capitão alvinegro demonstrou incômodo com críticas à postura disciplinar do elenco, que lidera o ranking de cartões recebidos no campeonato, com 102 amarelos e oito vermelhos. Maycon enfatizou a dificuldade de encontrar um equilíbrio entre competitividade e disciplina.
“Se a gente não tomasse nenhum cartão, iam dizer que o time é muito pacífico. Se toma, dizem que passamos do ponto. É difícil agradar em um cenário desses. Tentamos sempre representar o Corinthians da melhor forma”, afirmou o volante.
De acordo com ele, o acúmulo de suspensões e lesões tem prejudicado a sequência da equipe, obrigando o técnico Dorival Júnior a mudar constantemente a escalação. “Acho que o Dorival só conseguiu repetir o time uma ou duas vezes. A gente precisa encontrar soluções com o que temos. É o que dá para fazer nessa altura do campeonato”, destacou Maycon.
Além de Garro, outros atletas também estão pendurados, como Matheus Bidu, Charles e Talles Magno. O clube lidera a lista de advertências na competição e, atualmente, apenas seis jogadores do elenco ainda não foram punidos com cartões.
Dorival Júnior, por sua vez, também defendeu o meia argentino. Em coletiva, o treinador minimizou o episódio e descartou qualquer tipo de punição interna. “É uma situação natural de jogo. Talvez ele pudesse ter tido mais paciência, mas não há motivo para repreensão”, declarou o técnico.
