Mesmo pressionado pela necessidade de arrecadar recursos na janela de transferências do meio do ano, o Corinthians pretende manter seus principais jogadores. A diretoria alvinegra não quer negociar Rodrigo Garro, Yuri Alberto e Memphis Depay, trio considerado essencial para o restante da temporada.
Atualmente, o clube enfrenta dificuldades financeiras. O planejamento da temporada prevê uma arrecadação de R$ 181 milhões líquidos com transferências de atletas. Até agora, o clube garantiu cerca de R$ 75,3 milhões com as saídas de Denner e Guilherme Biro. Assim, ainda restam mais de R$ 100 milhões a serem obtidos com vendas, o que obriga a diretoria a buscar alternativas de receita ou, eventualmente, considerar outras negociações.
Apesar disso, o presidente interino e a cúpula do futebol adotaram um discurso firme: só vão liberar Garro, Yuri e Memphis em caso de propostas vantajosas e que realmente justifiquem a saída dos atletas. “Para um clube sentar conosco e levar algum dos jogadores desse nível tem que valer a pena. Essas propostas não chegam toda hora porque não é qualquer clube que tem condições de fazer isso”, declarou Fabinho Soldado, diretor executivo de futebol.
A diretoria afirma que não recebeu nenhuma proposta formal pelos três jogadores até o momento. A hipótese de negociar com clubes brasileiros está descartada. As multas rescisórias para o mercado nacional são altas: R$ 300 milhões no caso de Garro, R$ 150 milhões para Memphis e R$ 500 milhões por Yuri Alberto. No exterior, os valores são menores. O meia argentino e o atacante brasileiro têm cláusulas de 100 milhões de euros (cerca de R$ 631 milhões e R$ 600 milhões, respectivamente), enquanto a de Memphis é de apenas 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,5 milhões), o que preocupa a diretoria, visto que o holandês tem direito a 20% deste valor.
Enquanto monitora o interesse do mercado internacional, o Corinthians trabalha para evitar uma debandada. Contudo, o nome de Breno Bidon desponta como possível alternativa de venda. Revelado pelas categorias de base e com potencial de mercado, o meio-campista desperta atenção de clubes europeus. O clube reconhece o desejo do atleta em atuar fora do país, mas só considera liberá-lo em condições financeiramente favoráveis.
Por fim, mesmo que não haja saídas imediatas, o departamento de futebol trabalha com a possibilidade de reforços, principalmente no setor ofensivo. Isso porque a movimentação de mercado pode ganhar força nas próximas semanas, conforme expectativas entre dirigentes e empresários.