Enquanto a Copa do Mundo de Clubes movimenta o calendário internacional, o Corinthians segue treinando no CT Dr. Joaquim Grava com foco total no retorno do Campeonato Brasileiro. Em meio à pausa, a comissão técnica do Timão abriu o jogo sobre os bastidores da preparação física e os desafios enfrentados por clubes brasileiros ao competir com times europeus.
Celso Rezende, preparador físico da equipe, não poupou sinceridade ao comentar o cenário atual: “Primeiro, o calor que está fazendo lá é um absurdo. É desumano. Isso já tem uma influência muito grande.”
Ele ainda relembrou que, historicamente, os clubes brasileiros chegavam aos torneios internacionais no fim da temporada, mais desgastados. “Agora acho que inverteu um pouco”, explicou.
Físico em alta, técnica em disputa
Rezende também apontou que, apesar da qualidade técnica inegável dos europeus, os brasileiros têm conseguido competir melhor fisicamente.
“Nos jogos que vi até agora, fisicamente, os times brasileiros sobressaíram. Alguns times europeus caíram muito na produção no segundo tempo”, destacou.
Isso evidencia um esforço consciente das comissões técnicas brasileiras em melhorar o desempenho físico diante da carga de jogos intensa e da exigência internacional.
Rodízio como estratégia de sobrevivência
O também preparador físico Reverson Pimentel ressaltou a importância de preservar os atletas em meio ao calendário sobrecarregado:
“A quantidade de jogos é muito grande. Tem algum momento que ele vai ter que ser poupado, porque senão é muito mais fácil você perder um atleta para um jogo do que para cinco ou seis.”
Sendo assim, o rodízio no elenco tornou-se uma medida obrigatória. “Basta a gente, profissionais da área, estar sempre tirando coisas diferentes para que a gente consiga suportar todo esse calendário”, completou.
Próximo desafio
Dessa maneira, com o elenco sendo preparado e a parte física ajustada, o Corinthians mira seu retorno ao Brasileirão. O próximo compromisso será no dia 13 de julho, às 19h, contra o Red Bull Bragantino, na Neo Química Arena.
Portanto, a pausa tem sido estratégica para recarregar forças e planejar o segundo semestre.


