Em meio a um cenário instável para a maioria dos treinadores do futebol brasileiro, dois nomes ganham destaque pela estabilidade que ainda mantêm em seus clubes. De acordo com avaliação do ex-jogador e apresentador Craque Neto, somente Filipe Luís, no Flamengo, e Abel Ferreira, no Palmeiras, estão fora da lista de técnicos ameaçados neste momento.
Durante participação no programa “Os Donos da Bola Rádio”, Craque Neto fez uma análise abrangente sobre a situação dos técnicos nos principais clubes do país. Segundo ele, a rotatividade nas comissões técnicas segue intensa, e apenas dois profissionais escapam do risco iminente de demissão.
“Só tem dois treinadores que não estão ameaçados no futebol brasileiro: Filipe Luís e principalmente o Abel Ferreira. O restante todos estão ameaçados”, disse o ex-jogador.
No caso de Filipe Luís, o respaldo vem dos bons resultados e da confiança no trabalho. Mesmo com a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, o treinador do Flamengo soma três conquistas em menos de um ano. Assim, mantém o apoio da diretoria e o foco nas disputas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores.
Por outro lado, Abel Ferreira enfrenta um ambiente mais conturbado. A eliminação para o Corinthians tanto no Paulistão quanto na Copa do Brasil gerou desgaste com parte da torcida. Na derrota por 2 a 0 no Allianz Parque, o técnico foi hostilizado nas arquibancadas e respondeu com palmas, atitude interpretada por muitos como ironia. Posteriormente, o próprio treinador negou provocação e afirmou que buscava apoio dos torcedores.
Ainda assim, o treinador português continua respaldado pela diretoria alviverde. Leila Pereira e Anderson Barros demonstraram intenção de renovar seu contrato até 2027, apesar de o vínculo atual expirar ao fim de 2025.
A fala de Craque Neto destaca, portanto, uma realidade do futebol nacional marcada por instabilidade técnica, mas que ainda preserva bolsões de confiança em projetos consolidados. Ainda que os resultados e a pressão dos torcedores influenciem diretamente os bastidores, Filipe Luís e Abel Ferreira permanecem como exceções em meio a um cenário volátil.