O surgimento de Ronaldo Fenômeno no futebol brasileiro é um dos momentos mais marcantes da história recente do esporte. Quem relembrou essa trajetória foi Ricardinho, ex-volante e recordista de títulos pelo Cruzeiro, que atuou ao lado do craque nos anos 1990 na Toca da Raposa. Em entrevista ao CruzeiroCast, no canal oficial do clube no YouTube, Ricardinho detalhou como foi acompanhar o início da carreira do atacante.
O começo avassalador de um fenômeno
Ricardinho explicou que, quando Ronaldo chegou ao Cruzeiro em 1993, poucos conheciam o jovem atacante.
“A gente não conhecia quem era Ronaldo, não tinha visto treinamento, não tinha visto nada. Ele chegou, treinou e foi pro jogo. Aí, o jogo contra o América, ele começou o jogo fazendo dois gols. Daquele jeito avassalador, driblando todo mundo, muito rápido, muito técnico. Ninguém conhecia”, relembrou.
Além disso, a disparidade técnica de Ronaldo chamou tanta atenção que um dirigente adversário pediu sua saída do jogo para evitar um desequilíbrio ainda maior.
“O diretor do América foi no vestiário do Cruzeiro falando que era para tirar o Ronaldo para ficar juvenil contra juvenil, porque ele era muito diferente”, contou Ricardinho. Isso porque Ronaldo rapidamente passou do juvenil para o júnior e depois para o profissional, tornando-se o Fenômeno que todos conhecem.
Uma carreira marcada pela raça e técnica
Ricardinho também falou sobre sua própria trajetória no Cruzeiro, clube que defendeu por nove anos, conquistando 15 títulos, entre eles a Libertadores de 1997 e duas Copas do Brasil.
“No profissional eu cheguei a treinar, entrar em alguns jogos. Entrei quando ele foi embora contra o Botafogo, entrei no lugar dele na despedida. Teve essa trajetória um pouco, encontrei na Seleção Brasileira com ele também”, afirmou.
Vale destacar que Ricardinho se tornou ídolo na Raposa pela sua técnica e entrega dentro de campo, sendo vendido posteriormente ao Kashiwa Reysol, do Japão, onde também teve destaque. Sendo assim, sua declaração sobre Ronaldo Fenômeno reforça a admiração por um dos maiores nomes do futebol mundial e o respeito entre dois grandes jogadores que fizeram história pelo Cruzeiro.
