Ronaldo Fenômeno voltou a se manifestar publicamente sobre o momento vivido pelo Cruzeiro e traçou uma perspectiva otimista em relação ao futuro do clube. Em entrevista ao podcast “Denílson Show”, o ex-jogador afirmou que “é questão de tempo para que o Cruzeiro domine”, ressaltando a evolução da equipe celeste desde que passou a operar sob o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
O ex-atacante, que comandou a SAF do Cruzeiro entre dezembro de 2021 e abril de 2024, elogiou a atual gestão liderada por Pedro Lourenço. Segundo ele, o novo dono tem perfil arrojado e demonstra grande comprometimento com a reconstrução do clube. “O Pedro é agressivo, é muito bom, um líder que é apaixonado pelo clube. Acho que acertei muito na pessoa que escolhi para vender”, declarou Ronaldo.
Durante o período em que esteve à frente da SAF celeste, Ronaldo liderou uma reestruturação financeira que incluiu a aprovação de recuperação judicial e a redução da dívida, que era de R$ 1,2 bilhão. Além disso, o Cruzeiro conquistou o acesso à Série A já na primeira temporada sob sua gestão. Apesar do desgaste com parte da torcida, o ex-jogador considerou positiva a transição e reiterou que o clube “foi colocado nos trilhos novamente”.
Aliás, a defesa do modelo de clube-empresa foi um dos pontos centrais da entrevista. Ronaldo argumentou que a SAF representa uma alternativa viável para instituições atoladas em dívidas, sobretudo pela possibilidade de profissionalizar a gestão e atrair investimentos. “O clube vai ser gerido melhor, vai ter mais investimentos, o torcedor vai ter mais facilidade”, afirmou o ex-dirigente, ao comentar a adoção crescente da SAF no futebol nacional.
Conforme dados de uma pesquisa recente do Instituto AtlasIntel, a torcida do Cruzeiro figura entre as mais favoráveis ao modelo SAF, com 83% de aprovação. O levantamento, encomendado pelo ge, apontou ainda que clubes como Flamengo, Palmeiras e Internacional enfrentam maior resistência interna à transformação em clube-empresa.
Ronaldo também aproveitou a oportunidade para reiterar seu interesse em investir no Corinthians, caso o clube opte pela mudança de gestão. Embora veja esse cenário como improvável, o ex-jogador ressaltou o potencial comercial e de engajamento da equipe paulista. “Se o Corinthians decidir virar SAF, eu arrumo o dinheiro e embarco. Enquanto clube e massa social, o Corinthians é uma máquina”, concluiu.
