quarta-feira, agosto 13, 2025
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Atacante do Juventude teve papel determinante para saída de Ronaldo da SAF do Cruzeiro

A atuação decisiva do jogador de 24 anos desencadeou uma reação negativa da torcida

Um confronto válido pela fase de grupos da Sul-Americana, na temporada passada, se transformou no estopim de uma profunda reestruturação no Cruzeiro. No Mineirão, após abrir 3 a 0 contra o Alianza FC, o time celeste permitiu o empate por 3 a 3, com dois gols de Emerson Batalla, então atacante do clube colombiano.

A atuação decisiva do jogador de 24 anos, atualmente no Juventude, desencadeou uma reação negativa da torcida, que protestou de forma veemente contra a gestão de Ronaldo Fenômeno, chegando a queimar um bandeirão com sua imagem.

Crise interna e decisão de Ronaldo

A partida contra os colombianos agravou um ambiente já instável. Anteriormente, o Cruzeiro havia sido derrotado pelo Atlético-MG por 3 a 1, na final do Campeonato Mineiro, além de ser eliminado precocemente da Copa do Brasil pelo Sousa-PB.

Os resultados somados à pressão externa resultaram na demissão do técnico Nicolás Larcamón. Diante desse cenário, Ronaldo decidiu vender a SAF para o empresário Pedro Lourenço, que prometeu reformular o departamento de futebol e aumentar os investimentos no elenco.

Reestruturação sob nova gestão

Ao assumir a administração, Lourenço manteve Fernando Seabra no comando, mas desembolsou cerca de R$ 200 milhões na primeira janela de transferências. O goleiro Cássio foi contratado para substituir Rafael Cabral, que pediu para sair após ser alvo de críticas das arquibancadas.

Além dele, chegaram os volantes Matheus Henrique e Walace, ambos com passagens destacadas no futebol europeu, e o meia Matheus Pereira, adquirido em definitivo após empréstimo do Al Hilal.

Instabilidade no comando técnico

Apesar dos reforços, a instabilidade persistiu. Seabra foi substituído por Fernando Diniz, que não resistiu após fracassos na tentativa de classificação à Libertadores via Campeonato Brasileiro e derrota na final da Sul-Americana.

Nesse ano, Diniz foi demitido após apenas três partidas oficiais. Leonardo Jardim assumiu o comando técnico e, com ajustes táticos e estratégicos, levou a equipe à liderança do Brasileirão, mesmo após nova eliminação na competição continental.

Consequências de um gol improvável

Curiosamente, a arrancada de Batalla naquele empate improvável se revelou um divisor de águas. O gol que parecia inofensivo num jogo de fase de grupos expôs fragilidades administrativas, acelerou decisões estratégicas e iniciou uma guinada na postura esportiva da instituição.

Conforme noticiado pela Globo, o colombiano foi peça central de uma mudança que envolveu não apenas a troca de comando, mas também o perfil de ambição do clube mineiro.