O ex-volante Ricardinho, multicampeão pelo Cruzeiro, relembrou momentos difíceis vividos pelo clube em 1997, quando o time celeste chegou perto de conquistar o título mundial, mas acabou vice-campeão após a derrota para o Borussia Dortmund, da Alemanha. Em entrevista ao podcast CruzeiroCast, o ídolo falou sobre o jogo decisivo e avaliou a participação da equipe.
Um Mundial que merecíamos conquistar
Ricardinho destacou que o Mundial daquele ano foi “meio atípico”, porque o Cruzeiro não conseguiu apresentar o mesmo futebol que exibiu na campanha vitoriosa da Libertadores. “A gente ficou nesse período de uns seis meses para tentar preparar o time e não saiu como a gente planejava. A gente foi para o jogo, a gente não fez um mau jogo”, afirmou.
Além disso, o ex-jogador ressaltou que o duelo foi bastante equilibrado, com chances para ambos os lados. “Começamos muito bem, o time teve um volume de jogo até bom. Mas, igual falei, um jogo muito equiparado. Nos detalhes, tomamos o gol e não conseguimos fazer o nosso. Tivemos duas boas oportunidades no primeiro tempo, com Donizete Pantera e Palacios, que eram bolas de gol. Se a bola entra, mudava tudo”, explicou.
O detalhe que fez a diferença
Vale destacar que o Cruzeiro desperdiçou chances claras que poderiam ter mudado o resultado. “É difícil empatar, porque num jogo desses, se a gente faz aquele gol, certamente o Cruzeiro ganharia esse campeonato também. É questão de oportunidade e momento, você tem que estar bem focado, e não deu muito certo ali”, lamentou Ricardinho.
Sendo assim, o ex-volante concluiu que o time merecia o título: “Pena, né. O Cruzeiro nesse período merecia ganhar o Mundial”.
Com isso, cabe ressaltar que a diretoria do clube realizou contratações pontuais antes da final, trazendo jogadores importantes como Bebeto e Donizete Pantera. “Teve esse desajuste nas contratações, jogadores importantes que saíram, isso gerou um pouquinho de atrito, mas fizemos até um bom jogo. Infelizmente acontece, não dá pra ganhar todas”, avaliou.