segunda-feira, agosto 4, 2025
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A declaração de Rogério Ceni, do Bahia, envolvendo o Flamengo

Técnico do Bahia, Ceni voltou a falar sobre reforços para a equipe, mas demonstrou frustração ao comentar a falta de condições para a realização de contratações; Fla foi citado como exemplo

Apesar de estar sob gestão do City Football Group, o Bahia segue enfrentando entraves para competir com os principais clubes do país no mercado de transferências. Após o empate sem gols diante do Sport, no sábado (02), pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Rogério Ceni demonstrou frustração com as dificuldades para reforçar o elenco.

Durante a coletiva pós-jogo, o treinador abordou abertamente a limitação orçamentária do clube, citando o investimento do Flamengo na contratação do atacante Samuel Lino como exemplo de uma realidade distante da atual conjuntura tricolor. A transação do jogador custou 22 milhões de euros, com possibilidade de mais 3 milhões em bônus.

“Se tivesse dinheiro, a gente trazia o Samuel Lino, pagava 22 milhões de euros e resolvia os problemas. Mas não temos essa condição”, disse.

A ausência de Erick Pulga, lesionado, tem evidenciado ainda mais a necessidade de reposição no setor ofensivo. Ceni afirmou que tenta alternativas para suprir essa lacuna, mas reconheceu que o mercado está inflacionado, o que complica qualquer negociação sem comprometer o planejamento financeiro do clube.

“A gente sabe que precisa de uma peça. O Cadu [Santoro] tem tentado. Mas está tudo caro. Tem que ser alguém que chegue para somar, principalmente ao lado do Pulga. A gente sente essa carência”.

Anteriormente, o treinador já havia solicitado reforços ofensivos, destacando a necessidade de um atleta capaz de competir por posição com Erick Pulga e Ademir. Ainda assim, mesmo com tentativas recentes por Tomás Conechny, do Racing, e Léo Scienza, do Heidenheim, as negociações não avançaram.

Mesmo diante das dificuldades, o Bahia realizou investimentos consideráveis em 2025. Foram cerca de 20 milhões de euros aplicados na contratação de nomes como Michel Araújo, Santiago Mingo e o próprio Erick Pulga. Ceni, no entanto, reforça que o clube carece de uma peça decisiva no ataque, sobretudo diante do cenário de lesões e desgaste físico do elenco.

“Estamos tentando trazer jogadores. Desde antes da lesão do Pulga eu falo dessa situação, sabemos que precisamos. Mas o mercado está muito caro, é difícil conseguir essa peça sem estourar o orçamento. Mas estamos tentando”.

Enquanto aguarda novas definições para a janela de transferências, que se encerra em 2 de setembro, o Bahia se prepara para dois compromissos importantes: na quarta-feira (06), visita o Retrô às 19h30 (horário de Brasília), pela Copa do Brasil; e no sábado (09), recebe o Fluminense às 21 horas (horário de Brasília), pelo Brasileirão.