A eliminação do Flamengo na Copa do Mundo de Clubes da FIFA ainda repercute, sobretudo após as declarações do ex-jogador Zico. O Rubro-Negro foi derrotado por 4 a 2 pelo Bayern de Munique nas oitavas de final, no último domingo (29), e deu adeus ao sonho de conquistar o título mundial. Apesar do placar elástico, o ídolo da Gávea discordou da leitura de que a equipe alemã teria dominado a partida.
“Domínio? Não teve domínio nenhum. O Flamengo foi muito bem. Competiu dentro daquilo que o Filipe Luís quer que o time jogue”, declarou o Galinho em entrevista ao canal SportMix TV. Conforme suas observações, a atuação do Flamengo foi positiva em vários momentos, mas falhas pontuais acabaram sendo cruciais diante de um adversário que soube aproveitar as oportunidades.

Zico ressaltou que, em torneios como o Mundial, a exigência por perfeição é máxima. “Quando passa nas oitavas em um campeonato como esse, é erro zero”, pontuou. Assim, ele creditou a derrota principalmente aos erros individuais da equipe carioca, afirmando que o Bayern aproveitou falhas na saída de bola pelo meio do campo. “O Flamengo estava insistindo em sair pelo meio e tomou três gols assim”, completou.
Entretanto, o ex-jogador também se mostrou incomodado com a arbitragem. De acordo com ele, houve falta no lance do gol contra marcado por Pulgar, que abriu o placar para os alemães. “Tem horas que tem que tirar a bola dali. Está marcado, está sob pressão, dá um bicão pra frente. No alto não tem perigo”, ironizou Zico, ao sugerir uma abordagem mais pragmática em lances sob pressão.
Ainda antes da eliminação rubro-negra, o Galinho havia demonstrado confiança nas equipes brasileiras no Mundial. Ele afirmou que os clubes do país estavam bem preparados e que poderiam alcançar a final, mesmo reconhecendo a evolução dos europeus nos últimos anos. “Eu estou muito confiante nos times brasileiros para ter gente nas finais”, disse.
Por fim, Zico criticou o comportamento recorrente de times europeus ao justificarem maus desempenhos no torneio. “Eles começam a arrumar muitas desculpas quando a coisa não vai legal. Parece que não sabem jogar nas adversidades”, disparou. Para ele, a supervalorização do futebol europeu precisa ser revista, a fim de que o equilíbrio e a competitividade internacional sejam mais bem reconhecidos.