A expectativa está no ar: Flamengo e Bayern de Munique se enfrentam no próximo domingo (29/6) pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. E, enquanto muitos ainda celebram a vitória histórica do Botafogo sobre o PSG, o comentarista Walter Casagrande chama a atenção para outro ponto: o duelo entre os rubro-negros do Brasil e da Alemanha é o verdadeiro termômetro entre as escolas futebolísticas sul-americana e europeia.
Duelo de gigantes representa o confronto entre escolas de futebol
Para Casagrande, não é apenas um jogo. É um embate de filosofias. Em entrevista ao “UOL News Esporte”, o ex-jogador explicou por que vê a partida entre Flamengo e Bayern como a mais fiel representação da disputa entre o futebol brasileiro e o europeu.
“Se a gente for querer fazer uma análise real do futebol sul-americano contra o futebol europeu, é Flamengo x Bayern. O Flamengo tem mais representatividade técnica dos times brasileiros, mais próxima da escola tradicional do futebol brasileiro”, afirmou.
Segundo ele, o trabalho de Filipe Luís no comando do time carioca tem resgatado a essência do futebol brasileiro, com toque de bola, criatividade e protagonismo ofensivo. Por isso, o Flamengo simboliza bem o que o país já produziu de melhor nos gramados.
Casagrande critica influência das SAFs
Além disso, Casagrande destacou um aspecto pouco comentado, mas que pesa no debate: a estrutura dos clubes. Para ele, Flamengo e Bayern são exemplos de instituições tradicionais, que mantêm suas identidades e finanças próprias, sem depender de investimentos externos como SAFs.
“O Bayern de Munique é forte porque é forte, e o Flamengo é forte porque é forte. Ninguém comprou, ressaltou. É um confronto de clubes, não de SAFs”, completou, em referência indireta a Botafogo e PSG, que contam com grandes investidores.
Expectativa alta para o duelo decisivo
Portanto, o confronto será um choque de culturas futebolísticas. Com isso, o jogo ganha uma grande dimensão e os torcedores podem esperar um embate carregado de significado técnico e histórico.
Vale destacar que o Bayern é uma sociedade anônima, mas 75% de suas ações ainda pertencem ao clube associativo. Desse jeito, mantém sua raiz como um clube tradicional europeu, reforçando a importância desse confronto para o futebol mundial.