O Flamengo reformulou parte do elenco com quatro reforços já contratados nesta janela do meio do ano: Emerson Royal, Carrascal, Samuel Lino e Saúl Ñíguez. Esses nomes chegaram em um contexto financeiro mais favorável, após receitas com vendas de jogadores e a premiação recebida pela participação no Mundial de Clubes da FIFA.
O investimento total nas aquisições mencionadas foi de 43 milhões de euros (R$ 275 milhões), valor parcelado, o que mantém espaço no orçamento para mais movimentações.
Mesmo após esse aporte, a diretoria admite internamente a possibilidade de aplicar até mais 15 milhões de euros (R$ 96 milhões) em novos nomes até o fim da janela, que se encerra em 2 de setembro. O valor não estava previsto inicialmente no planejamento, mas a gestão reviu suas possibilidades após o reforço de caixa com arrecadações complementares.
Balanço do primeiro semestre e investimentos já realizados
Antes das últimas contratações, o clube já havia investido R$ 167,9 milhões entre renovações e contratações no primeiro semestre de 2025. Os principais aportes financeiros envolveram Juninho (R$ 37,2 milhões), Gonzalo Plata (R$ 32,2 milhões), Jorginho (R$ 23,8 milhões em luvas e comissões) e Pulgar (R$ 19,2 milhões em renovação).
Além disso, outros atletas como Danilo (R$ 16,8 milhões), Gerson (R$ 15,7 milhões), Wesley (R$ 6,4 milhões) e Alcaraz (R$ 4,2 milhões) também representaram custos significativos. Apesar do alto investimento, o valor total ficou 21% abaixo do mesmo período em 2024.
A receita operacional bruta registrada pelo clube no primeiro semestre foi de R$ 712 milhões, com superávit de R$ 143 milhões e R$ 148 milhões disponíveis em caixa até junho.
Prioridades no mercado e nomes na mira
Apesar de já ter reforçado posições consideradas prioritárias, o Flamengo segue atento ao mercado para suprir duas lacunas adicionais. A busca principal é por um centroavante com perfil diferente do de Pedro. Lucas Beltrán, da Fiorentina, tornou-se uma opção atrativa, mas ainda não houve proposta formal.
O jogador e sua família demonstram preferência pela permanência na Europa. Anteriormente, o clube consultou Taty Castellanos, da Lazio, mas os valores foram considerados altos.
Na defesa, a chegada de mais um zagueiro é discutida, sobretudo após a lesão de Danilo, que limitou as opções no setor. Filipe Luís optou por não escalar os jovens João Victor e Cleiton no último jogo da Copa do Brasil, mantendo Léo Ortiz e Léo Pereira como titulares.
A decisão se deu por considerar a partida exigente diante de atacantes experientes como Hulk, Rony e Cuello. “Achei que não seria justo com os meninos jogar esse jogo. Acredito que sempre na zaga é uma situação mais delicada”, explicou o técnico.
Saídas no radar e possibilidade de negociações
Além das entradas, o clube pretende liberar atletas que não vêm sendo utilizados com frequência. Jogadores como Matheus Gonçalves, Michael e Everton Cebolinha têm mercado e podem ser negociados. A intenção é abrir espaço na folha salarial e no elenco para eventuais novas aquisições até o fechamento da janela.
Perspectiva imediata
Com um mês restante até o fim do período de transferências, o Flamengo dispõe de autonomia financeira e tempo para definir seus próximos passos. A estratégia passa por reforçar setores estratégicos, ao mesmo tempo em que equilibra as finanças e reorganiza o elenco para o restante da temporada.