Com a recente chegada de Samuel Lino ao Flamengo, um antigo companheiro de base reviveu lembranças marcantes. Pablo Maldini, ex-lateral-esquerdo e campeão da Copinha de 2018 ao lado do atacante, conversou com exclusividade com o Coluna do Fla e revelou bastidores pouco conhecidos da época em que ambos defendiam o time sub-20.
A entrevista chamou atenção não apenas pelo reencontro indireto entre os atletas, mas também pela trajetória singular que cada um seguiu desde então.
Laços criados fora das quatro linhas
Maldini relembrou com carinho a convivência com Lino durante os tempos de base no Ninho do Urubu. “A gente sempre cortava cabelo junto ali no Terreirão, no Recreio. Também tem uma pracinha que costumávamos chamar de largo, em Vargem Grande mesmo, próximo do CT. Ficávamos resenhando nos dias de folga, tomando açaí e comendo pastel (risos)”, contou.
Além disso, o ex-lateral destacou que Samuel era tímido, mas de “coração puro e muito engraçado, gente boa demais”.
Vale destacar que, na época, Lino não era protagonista. Atuou por poucos minutos em apenas dois jogos da Copinha, enquanto Maldini participou de seis partidas, sendo titular na final contra o São Paulo.
O tempo tratou de inverter os papéis: hoje, Samuel Lino retorna ao Flamengo avaliado em R$ 142 milhões, enquanto Maldini, aos 25 anos, está sem clube após passagem pelo Colo-Colo-BA. Isso porque o atacante conseguiu se destacar na Europa, principalmente pelo Atlético de Madrid, enquanto o defensor percorreu clubes menores no Brasil e no exterior.
“Surpreende demais (o sucesso de Samuel). Acho muito legal quando isso acontece, ainda mais com pessoas como ele, gente do bem”, afirmou Maldini. Por isso, apesar de não manter mais contato direto, o ex-companheiro torce para que o atacante seja feliz com a camisa rubro-negra.
Expectativas e sonhos renovados
Samuel Lino desembarca nesta terça-feira (29), às 9h35, no Rio, para exames médicos e assinatura de contrato por quatro anos. Sendo assim, inicia um novo capítulo em sua carreira profissional, agora em um clube que conhece desde a base.
Por outro lado, Maldini, mesmo sem clube no momento, mantém vivo o sonho de retornar aos gramados.
“O que me motiva é a paixão pelo futebol e o compromisso em sempre evoluir”, afirmou. Com isso, o reencontro simbólico entre os dois ex-crias do Ninho inspira não apenas pela nostalgia, mas também pela resiliência.
