O Flamengo, um dos clubes mais vitoriosos do país, agora se vê no centro de uma disputa judicial que vai além dos gramados, ou melhor, das quadras. Gustavo de Conti, conhecido como Gustavinho, ex-treinador do time de basquete rubro-negro, processou o clube após sua demissão repentina em fevereiro de 2025. A ação, movida na Justiça Cível do Rio de Janeiro, exige o pagamento de R$ 723 mil por quebra contratual.
Contrato contestado e acusações de desequilíbrio
De acordo com o jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Gustavo de Conti afirma que foi desligado sem aviso prévio, justificativa formal ou justa causa. Por isso, a defesa do técnico questiona a validade de uma cláusula contratual que impõe multa apenas se a rescisão partir do funcionário, sem prever penalidade alguma ao clube em caso de demissão. Isso porque, segundo os advogados, o contrato seria “desequilibrado e abusivo”.
Vale destacar que o processo também aponta violação ao princípio da boa-fé contratual, previsto na legislação brasileira. A defesa fundamenta o pedido de indenização no Código Civil, na nova Lei Geral do Esporte e em decisões anteriores do STJ, sendo assim, busca reparar o que considera um rompimento unilateral injusto.
Uma passagem repleta de conquistas
Gustavo de Conti comandou o Flamengo entre 2018 e 2025 e acumulou títulos relevantes: dois NBBs, quatro Copas Super 8, seis Campeonatos Cariocas, uma Champions League Américas e uma Copa Intercontinental. Com isso, consolidou-se como um dos nomes mais vitoriosos da história recente do basquete rubro-negro.
Cabe ressaltar, porém, que o rendimento da equipe caiu nos últimos anos, o que gerou críticas da torcida e acabou culminando em sua demissão. Dessa maneira, a diretoria optou por encerrar o ciclo vitorioso e contratou o argentino Sergio Hernández para recuperar o desempenho do time.
Além disso, até o momento, o Flamengo não se pronunciou oficialmente sobre a ação judicial. O caso segue em tramitação, e o desfecho promete novos capítulos nos bastidores do clube.