A recente venda do zagueiro Willyan Rocha, do CSKA Moscou para o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, movimentou o mercado internacional e, ao mesmo tempo, gerou lucro para três clubes brasileiros. Isso porque a transferência, no valor de 6 milhões de euros (cerca de R$ 38,5 milhões), acionou o mecanismo de solidariedade da FIFA, que distribui até 5% do montante entre os clubes responsáveis pela formação do atleta entre os 12 e 23 anos.
Flamengo, Grêmio e Votuporanguense foram contemplados. O Rubro-Negro carioca, por onde Willyan passou nas categorias de base, receberá 27,6 mil euros (aproximadamente R$ 177 mil), equivalentes a 0,46% da negociação.
Já o Grêmio terá direito a 15,6 mil euros (cerca de R$ 100 mil), representando 0,26% do valor total. Vale destacar também a presença do Votuporanguense, do interior paulista, que receberá 10,2 mil euros (em torno de R$ 65,5 mil), equivalente a 0,17%.
Reforço financeiro e reconhecimento do trabalho de base
Embora os valores não sejam considerados altos para grandes clubes como Flamengo e Grêmio, com isso, os repasses funcionam como importante reconhecimento da participação deles na formação de jogadores que hoje atuam no cenário internacional. Sendo assim, o investimento contínuo nas categorias de base segue sendo estratégico.
Para o Votuporanguense, a quantia ganha ainda mais relevância. Por isso, a expectativa é de que o clube utilize os recursos diretamente na estrutura de formação de atletas, fomentando novos talentos e fortalecendo sua base, que disputa divisões inferiores do futebol paulista.
Oficialização do contrato e próximos passos
O contrato de Willyan Rocha com o Al Jazira vai até junho de 2027, e a documentação da transferência já foi oficializada. Portanto, a expectativa é de que os pagamentos aos clubes brasileiros sejam realizados em breve, conforme determina o regulamento da FIFA.
Além disso, o caso reforça como transferências internacionais podem impactar diretamente o futebol nacional de maneira indireta, fortalecendo financeiramente clubes formadores e incentivando a continuidade desse trabalho essencial. Dessa maneira, todos saem ganhando: atleta, clube comprador e o futebol brasileiro como um todo.