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Flamengo pagará quase 60 milhões ao governo por conta da Copa do Mundo

Participação no Mundial rendeu milhões ao clube, mas impostos pesaram no saldo final

A participação do Flamengo na Copa do Mundo de Clubes 2025 não trouxe apenas visibilidade e prestígio esportivo. Vale destacar que o clube arrecadou um valor expressivo com a competição: R$ 149.964.110,00, com base na cotação atual do dólar a R$ 5,41. 

No entanto, boa parte desse montante ficou retida nos cofres públicos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Isso porque a legislação dos países envolvidos prevê o recolhimento de impostos mesmo sobre receitas esportivas. Com isso, o Rubro-Negro teve R$ 60.769.139,25 retidos no total, sendo R$ 44.989.233,00 para o governo dos EUA e R$ 15.779.906,25 para o Fisco brasileiro.

Portanto, o valor final que efetivamente entra no caixa do clube carioca é de R$ 89.195.970,75. Ainda assim, trata-se de uma receita significativa para um período tão curto de competição.

Flamengo ainda pode faturar mais

Além disso, há possibilidade de o Flamengo aumentar esse valor com premiações secundárias, acordos comerciais, bônus de patrocinadores e campanhas promocionais. Por isso, a diretoria trabalha nos bastidores para maximizar os lucros com a visibilidade internacional adquirida no torneio.

Sendo assim, a quantia líquida já representa um reforço importante no orçamento rubro-negro, especialmente em uma temporada marcada por investimentos em elenco e estrutura.

Imposto alto acende alerta para futuras competições

Cabe ressaltar que a elevada retenção de impostos reacende um importante debate entre os clubes brasileiros: por que a carga tributária imposta em competições internacionais compromete de forma tão significativa os ganhos financeiros das agremiações? Por isso, torna-se fundamental que os dirigentes considerem esses custos no planejamento estratégico desde o início das temporadas, evitando surpresas desagradáveis e perdas orçamentárias.

Dessa maneira, é imprescindível que as diretorias estejam preparadas para lidar com cenários fiscais complexos e legislações distintas, especialmente quando envolvem receitas em dólar ou em países com regimes tributários mais severos. Desse jeito, garantem não apenas a competitividade esportiva dentro de campo, mas também asseguram a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro das instituições no médio e longo prazo.