A derrota do Flamengo por 4 a 2 para o Bayern de Munique nas oitavas de final do Mundial de Clubes repercutiu fortemente fora do Brasil. Diversos veículos esportivos da Europa e da América do Sul analisaram o confronto, destacando a ampla vantagem técnica do time alemão e a fragilidade da equipe carioca diante de um adversário mais preparado.
Na Alemanha, o Süddeutsche Zeitung descreveu o duelo como “controlado do início ao fim” e apontou que os bávaros impuseram sua intensidade com facilidade. Já o Bild exaltou o protagonismo de Harry Kane e mencionou que o Flamengo “não apresentou ameaças reais” durante os 90 minutos.
Na visão da imprensa espanhola, o domínio germânico foi ainda mais evidente. O Marca afirmou que o atacante inglês “baixou a bola do time brasileiro” e reforçou que o resultado deixou clara a diferença entre os clubes sul-americanos e os europeus. O AS foi além e destacou que o revés simboliza o fim de um ciclo para Filipe Luís, agora treinador da equipe rubro-negra.
Jornal argentino vê abismo entre continentes
Na Argentina, o Olé adotou um tom direto e classificou a eliminação como mais uma prova da “diferença intransponível” entre o futebol praticado na América do Sul e o estilo europeu. “A esperança durou pouco. Mesmo quando o Flamengo parecia reagir, o Bayern mostrava que estava sempre um degrau acima”, apontou o jornal.
A publicação ainda reforçou que os erros defensivos dos brasileiros foram determinantes e que, diante de um oponente desse porte, qualquer falha torna-se fatal. “O Flamengo apostou na posse e foi punido. O Bayern pressionou e matou o jogo nos momentos certos”, resumiu a análise.
Harry Kane domina o jogo e lidera avanço bávaro
Principal nome da classificação, Harry Kane foi amplamente elogiado em todos os jornais internacionais. O atacante abriu o placar, encerrou o marcador e ainda participou da construção ofensiva com inteligência tática. Segundo o Sport, da Catalunha, o inglês “comandou o time com autoridade” e “confirmou sua condição de referência no futebol mundial”.
Além de Kane, Goretzka também recebeu destaque por sua presença física e capacidade de finalização. Já na defesa, Neuer e Kimmich foram lembrados por manterem o controle emocional mesmo nos poucos momentos em que o Flamengo esboçou reação.
Reação brasileira é cautelosa após a queda
Do lado brasileiro, a repercussão nos bastidores do Flamengo foi de reconhecimento à superioridade rival. Filipe Luís elogiou o desempenho coletivo de seus atletas, mas admitiu que os erros custaram caro. Jorginho e Gerson, autores dos gols rubro-negros, também adotaram um discurso centrado em aprendizado e foco no restante da temporada.
Com a eliminação, o clube volta as atenções ao Campeonato Brasileiro. O retorno ao país está previsto para esta semana, e a reestreia será contra o Santos, no dia 16 de julho, fora de casa.
Confronto com o PSG mobiliza manchetes
A vitória sobre o clube brasileiro direcionou o olhar da imprensa europeia para o próximo desafio do Bayern. O encontro com o Paris Saint-Germain, pelas quartas de final, dominou as capas de jornais como o L’Équipe e o Die Welt. Ambos apontaram a partida como uma “decisão antecipada” entre dois postulantes ao título.
O L’Équipe evitou mencionar o Flamengo no título da cobertura, preferindo projetar o embate entre os gigantes do Velho Continente. Segundo o jornal francês, o confronto em Atlanta promete ser “uma batalha entre linhas ofensivas poderosas e defesas ainda em formação”.
