Um simples detalhe mudou a cara do Flamengo em momentos de maior pressão: a bola parada. Desde que Rodrigo Caio se integrou à comissão técnica de Filipe Luís, em maio, o Rubro-Negro passou a explorar com mais eficiência um dos fundamentos mais importantes do futebol moderno. O resultado? Gols decisivos, vitórias importantes e, recentemente, a liderança do Brasileirão garantida justamente com uma jogada ensaiada, um cabeceio de Léo Ortiz após cobrança de falta de Luiz Araújo contra o Atlético-MG.
O que era uma arma ocasional se tornou padrão ofensivo com impacto direto no placar. Isso porque, em apenas 14 jogos desde a chegada de Rodrigo Caio, o Flamengo marcou nove gols de bola parada, superando a média anterior. E mais do que números, o que chama atenção é a relevância: oito desses gols foram determinantes, marcados quando o time estava empatando ou perdendo.
Dados que provam a eficácia da nova fase rubro-negra
Vale destacar que antes da chegada de Rodrigo Caio, o Flamengo tinha 15 gols de bola parada em 30 jogos, sendo apenas sete realmente decisivos. Após a entrada do ex-zagueiro no staff técnico, o número de gols “salvadores” praticamente dobrou. Sendo assim, o time se tornou mais letal em jogos travados, como explica Filipe Luís:
“Bola parada é uma das fases do jogo, damos a importância que ela merece porque jogos bloqueados muitas vezes são desbloqueados na bola parada. […] Os próprios jogadores acreditam e estão se sentindo poderosos outra vez na bola parada.”
Além disso, os analistas de desempenho também têm papel fundamental, oferecendo informações detalhadas para que Rodrigo Caio identifique vulnerabilidades nos rivais e oriente os treinos específicos junto a Filipe e Márcio Torres.
Zagueiros viram goleadores e selam viradas importantes
Com isso, os zagueiros ganharam protagonismo. Léo Ortiz, Léo Pereira e Danilo somam dez gols em 2025, oito deles decisivos. Ortiz, por exemplo, marcou três vezes em situações de empate ou desvantagem. Cabe ressaltar que sete desses gols aconteceram no Maracanã, diante da torcida, o que mostra também a influência do fator casa.
Desse jeito, o Flamengo mostra que sua força vai além do talento técnico. A estratégia, a preparação e a bola parada se tornaram armas letais e Rodrigo Caio é, sem dúvida, um dos grandes responsáveis por essa transformação.