O Flamengo oficializou nesta segunda-feira (18 de agosto) a Betano como sua nova patrocinadora máster. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Deliberativo, mas já foi anunciado como o maior contrato de parceria do futebol brasileiro. A casa de apostas substituirá a Pixbet, que ocupava o espaço principal na camisa rubro-negra até a rescisão amigável acertada na última semana.
Conforme divulgado, a Betano terá visibilidade não apenas no futebol profissional, mas também nos esportes olímpicos do clube, como vôlei, basquete e futebol feminino, além da plataforma FlamengoTV. O valor do contrato ultrapassa os R$ 200 milhões por temporada, em um vínculo de 40 meses, elevando a receita anual rubro-negra a patamares inéditos no cenário nacional.

O impacto imediato desse anúncio foi a comparação feita pelos torcedores com outros contratos vigentes. Atualmente, a Adidas, fornecedora de material esportivo desde 2013, desembolsa R$ 70 milhões por ano, cifra considerada desproporcional diante dos novos números da Betano. A discrepância motivou pressão nas redes sociais para que a empresa alemã aumente os valores em futuros acertos.
O contrato da Adidas, entretanto, tem validade até dezembro de 2029, após renovação aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube no ano passado. Esse fator torna improvável qualquer ruptura no curto prazo, embora muitos rubro-negros defendam que a diretoria cobre um ajuste antes do término do vínculo. Afinal, a expectativa é de que o Flamengo consiga elevar todas as receitas de patrocínio a partir do novo parâmetro estabelecido.
A lista atual de patrocinadores evidencia a força comercial do clube. Além da Betano e da Adidas, o Flamengo soma contratos com BRB (R$ 25 milhões), Shopee (R$ 12 milhões), Assist Card (R$ 10,8 milhões), ABC (R$ 5,5 milhões), Texaco (R$ 4,2 milhões), Zé Delivery (R$ 4,2 milhões) e Hapvida (R$ 23,8 milhões). Somados, esses valores ultrapassam R$ 400 milhões anuais.
Nas redes sociais, a insatisfação é clara.
“O próximo patrocínio para dobrar de valor tem que ser o do fornecedor de material esportivo. Pagar 70 milhões por ano para Adidas é nada, valor tá muito abaixo do que podemos ganhar”, afirmou Alexandre.
“O próximo que irá abrir os cofres será a Adidas”, comentou Rogério.
“Os caras da Adidas já estão ligados do que esse patrocínio da Betano com o Flamengo significa: ou oferecemos bem mais no contrato seguinte, ou eles encontrarão outro fornecedor de materiais esportivos”, disse Guga.
Dessa maneira, o anúncio da Betano gerou não apenas alívio pela conquista financeira, mas também abriu um novo debate sobre o equilíbrio das receitas do clube. Enquanto isso, a pressão sobre a Adidas segue aumentando, evidenciando que a torcida não pretende aceitar passivamente os atuais valores pagos pela fornecedora.


