A renovação contratual de Guillermo Varela com o Flamengo segue em aberto, mas o lateral-direito já projeta o encerramento da carreira no clube onde iniciou sua trajetória: o Peñarol. Atual titular da equipe rubro-negra, o jogador uruguaio concedeu entrevista ao canal “El Espectador Deportes”, do Uruguai, e falou sobre seu vínculo atual com o time carioca e as possibilidades para o futuro.
O defensor tem contrato com o Flamengo até o fim de 2027. Ainda assim, afirmou que, mesmo sem pressa para definir os próximos passos, mantém o desejo pessoal de voltar ao clube de Montevidéu antes de pendurar as chuteiras. “Tenho contrato de mais dois anos no Flamengo. Claro que gostaria de encerrar a carreira no Peñarol, mas não sei o que será amanhã. Tenho claro que vou passar dois anos aqui e só”, afirmou o atleta, de 32 anos.
Varela foi revelado pelas categorias de base do Peñarol, onde atuou no início da carreira. Embora se declare torcedor do clube, ele prefere adotar cautela sobre um eventual retorno. “Eu, como torcedor do Peñarol, joguei lá quando era jovem, não tenho internamente essa obrigação. Pode ser que daqui dois anos eu renove, é uma coisa aberta. Quando nos reunimos projetamos, mas as carreiras são completamente diferentes. Os momentos, hoje estamos aqui e amanhã não se sabe. Seria muito fácil deixar o torcedor tranquilo dizendo que iremos, mas prefiro deixar aberto”.

A fala demonstra que, apesar da ligação afetiva com o clube uruguaio, a prioridade atual é cumprir o contrato com o Flamengo. O lateral também comentou que, em reuniões com outros compatriotas que atuam no exterior, é comum imaginar um reencontro em Montevidéu. “Tem nós três (Varela, De la Cruz e Arrascaeta), Facu Pellistri, Brian Rodríguez, Facundo Torres, Piqueréz, quando nos juntamos todos e falamos, sempre citamos isso… seria lindo”.
Desde que chegou ao Flamengo, Varela teve um início marcado por um perfil mais defensivo. Segundo ele, a chegada de Filipe Luís à comissão técnica provocou uma mudança em sua forma de atuar. “Quando cheguei ao Flamengo, disseram-me que os laterais estavam com dificuldades defensivas e que queriam que eu desse equilíbrio à equipe. Priorizei o defensivo. Mas depois percebi o quão importante era para o lateral avançar”.
Além das questões sobre o futuro, o uruguaio também comentou a fase de Giorgian De Arrascaeta, seu compatriota e companheiro de clube. Para ele, o camisa 14 atingiu um patamar histórico com a camisa rubro-negra. “No Brasil o Giorgian é a nível de Zico. Não sei se no Uruguai sabem o que é o Zico para o Flamengo, mas aqui comparam ele ao Zico. Pela quantidade de títulos que ganhou, por ser decisivo”.


