O empate sem gols entre Fluminense e Borussia Dortmund, na terça-feira (17), no MetLife Stadium, nos Estados Unidos, marcou a estreia do clube carioca na Copa do Mundo de Clubes da Fifa de 2025. Apesar do placar zerado, o desempenho do time comandado por Renato Gaúcho repercutiu positivamente, sobretudo entre os analistas esportivos. Um dos destaques foi o comentário de Bruno Formiga, da TNT Sports, que se mostrou impressionado com o que viu.
“Ao contrário do que muitos diziam, não só teve jogo como o Fluminense foi melhor”, afirmou Formiga. O comentarista rebateu as críticas que antecederam a partida e exaltou o comportamento do meio de campo formado por Martinelli, Hércules e Nonato.
Para ele, os três volantes foram fundamentais na consistência tática apresentada, tanto individual quanto coletivamente. Além disso, destacou a performance de Jhon Arias: “O primeiro tempo do Arias é brilhante, muito bom, o segundo tempo ele também continua sendo muito forte”.
Domínio tricolor dentro de campo
Conforme a análise de Marcello Neves, publicada no ge, o Fluminense superou o favoritismo alemão durante os 90 minutos. O Borussia Dortmund, mesmo com maior investimento e histórico no futebol europeu, viu-se envolvido pela proposta agressiva dos brasileiros. A equipe carioca se impôs com coragem, demonstrando dedicação defensiva e organização ofensiva.
“O Tricolor não pareceu assustado em nenhum momento”, relatou Neves, enfatizando o número de finalizações e a maior intensidade ofensiva antes do intervalo.
Renato Gaúcho optou por uma escalação sem Ganso e Cano, apostando em Everaldo e Nonato. A mudança surtiu efeito, garantindo maior combatividade e encaixe no meio. Durante a primeira etapa, o Borussia teve poucas chances reais, concentradas nas jogadas de Adeyemi, Guirassy e Brandt. No entanto, a defesa brasileira se comportou com solidez, impedindo construções perigosas e dominando as bolas alçadas na área.
Oportunidades perdidas e estratégia eficiente
No segundo tempo, algumas decisões de Niko Kovac, treinador do time alemão, facilitaram o cenário para o Fluminense. A substituição de Adeyemi, que mais ameaçava, aliviou a marcação para Samuel Xavier, permitindo que ele se projetasse com mais liberdade. Ainda assim, o Tricolor desperdiçou pelo menos duas chances claras.
Em uma delas, Everaldo optou por não finalizar quando tinha o gol à disposição. Em outra, após chute e rebote do goleiro adversário, Nonato foi impedido de marcar por uma defesa espetacular.
Embora as entradas de Cano, Lima e Paulo Baya não tenham surtido o efeito esperado, Serna conseguiu oferecer perigo. O desempenho físico e mental do grupo, entretanto, se mostrou acima da média para uma estreia diante de um clube europeu de elite.
Como observou Formiga, “o Fluminense ganhou quase todos os duelos no meio e conseguiu abrir o campo quando foi necessário, criando várias situações, inclusive bastante claras”.
Reconhecimento e projeção
O comentarista também reforçou que o Fluminense suportou bem a pressão natural da estreia e demonstrou maturidade. “Foi muito bem taticamente, fisicamente, mentalmente”, declarou. Arias, eleito melhor jogador da partida, foi peça central no plano de jogo ao explorar os espaços pelas laterais com eficiência.
Apesar do empate, a performance foi recebida com entusiasmo pela torcida e imprensa. Ao final do jogo, os aplausos dos presentes no estádio traduziram a satisfação com a postura da equipe. “A primeira grande resposta nesta Copa do Mundo de Clubes foi dada”, sintetizou Marcello Neves.