Depois de quase quatro anos defendendo as cores do Fluminense, o colombiano Jhon Arias se despediu do clube para assumir um novo desafio na carreira: atuar pelo Wolverhampton, da Inglaterra. A transferência marca o encerramento de um ciclo vitorioso nas Laranjeiras, onde o meia-atacante conquistou títulos e se consolidou como um dos principais nomes do elenco tricolor.
A saída, conforme relatou o próprio jogador, foi pensada com cautela e responsabilidade. Arias garantiu que a decisão foi tomada com tranquilidade, mesmo diante do peso emocional envolvido. “Foi uma decisão difícil, tomada com a cabeça fria, tendo certeza de tudo que a gente tem no Fluminense e o que representamos aqui. Mas também sendo fiel à minha essência e meu sonho”, explicou o colombiano.
Aliás, o vínculo com o clube carioca, segundo Arias, não se rompeu por completo. Ele destacou que a relação está apenas “pausada”, deixando aberta a possibilidade de um reencontro no futuro. O atleta ainda se emocionou ao lembrar da eliminação no Mundial de Clubes, quando chorou sem saber que aquela poderia ter sido sua última partida com a camisa tricolor. “Nunca passou pela minha cabeça. Era na ambição e gana de vencer para trazer o título. Deixamos o nome do Fluminense no topo”, completou.
Desde que chegou ao Fluminense em agosto de 2021, Arias construiu uma trajetória marcada pela entrega e pela identificação com o clube e sua torcida. Mesmo nos momentos em que poderia ser poupado, o jogador fez questão de estar em campo. Em um episódio simbólico, atuou os 90 minutos na estreia da temporada mesmo tendo previsão para jogar apenas meia hora.
Durante a coletiva de despedida, Arias enfatizou o ambiente acolhedor do elenco. “O Fluminense tem um grupo muito humano, humilde. São caras que se doam um pelo outro. É um grupo bastante unido”, afirmou. Ele também disse que sentirá falta da convivência diária e das viagens com os companheiros.
O carinho pelo técnico Fernando Diniz também foi destacado. Arias revelou que o treinador foi a pessoa com quem teve a relação mais próxima no futebol brasileiro. “Temos uma relação que vai muito além do profissional e do campo. Considero ele um amigo”, declarou.
Antes de partir, o colombiano protagonizou um momento irreverente ao entregar um DVD ao técnico Renato Gaúcho, brincando com uma referência que o próprio Renato havia feito tempos atrás. “Falei para usar na futura preleção para incentivar os jogadores”, contou Arias, aos risos.
Por fim, a despedida foi selada com um gol de falta no Mundial de Clubes. “Foi um lindo gol que sintetiza muita coisa”, descreveu o atleta, que agora busca novos horizontes no futebol europeu, mas leva consigo o orgulho de ter feito parte da história do Fluminense.


