O futuro do Fluminense caminha para uma mudança histórica com a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No entanto, um dos pontos que mais chamam atenção nos bastidores é a possível exclusão de Mário Bittencourt, atual presidente do clube, da função de CEO da nova gestão.
O tema ganhou força após reportagem de Diogo Dantas, em O Globo, que revelou divergências entre investidores e o dirigente.
Fundo de investimento debate perfil para o comando
Segundo a apuração, a administradora LZ Sports, que reúne os acionistas indicados pelo banco BTG Pactual para estruturar a proposta de compra da SAF, colocou em discussão a permanência de Bittencourt no cargo. A sinalização inicial ao BTG não indica preferência pelo presidente tricolor, o que abriria espaço para a contratação de um executivo de mercado.
Vale destacar que o próprio dirigente já manifestou interesse em assumir a função, mas a decisão caberá exclusivamente aos investidores. Isso porque a governança da SAF prevê autonomia ao grupo que aportar os recursos, o que limita o poder de escolha da atual diretoria.
Ambição financeira e apoio de grandes nomes
O fundo criado para a compra da SAF do Fluminense busca levantar R$ 550 milhões junto a empresários tricolores e do mercado financeiro. Cabe ressaltar que o banqueiro André Esteves, maior acionista do BTG Pactual, se comprometeu a atuar como investidor-âncora, reforçando a robustez do projeto.
Além disso, a preferência é que os investidores tenham ligação afetiva com o clube, algo que pode gerar maior engajamento entre torcedores de perfil empresarial.
Bittencourt se declara apto para o desafio
Durante participação no Penido’s Podcast, da Tupi Esportes, Bittencourt afirmou estar preparado para ocupar o cargo de CEO:
“Essa não é uma decisão minha, não sou eu que vou decidir isso (…) Mesmo que o investidor seja brasileiro ou tricolor, essa decisão não é minha, é do investidor. O que já disse em várias entrevistas é que eu me sinto, depois de muitos anos trabalhando no clube, capacitado e competente para tocar o Fluminense, seja associativamente ou não. Mas isso é uma decisão que não é minha”.
Dessa maneira, fica claro que o presidente não descarta o desejo de comandar a SAF, mas reconhece que sua continuidade depende do aval dos novos gestores. Por isso, o debate sobre quem ocupará o posto ganha ainda mais relevância no momento em que o clube se aproxima de uma mudança estrutural.
O que esperar dos próximos passos
Sendo assim, o Fluminense aguarda a formalização da proposta para convocar uma Assembleia Geral e votar a criação da SAF. Com isso, o destino de Bittencourt e a configuração da nova diretoria entram no radar de sócios e torcedores.
Portanto, o processo não se limita apenas à captação de recursos, mas também à definição de quem será responsável por conduzir um dos projetos mais ambiciosos da história recente do futebol brasileiro.
Desse jeito, o Tricolor das Laranjeiras vive dias de expectativa. A decisão final sobre o comando da SAF pode redefinir não apenas o futuro administrativo, mas também o rumo esportivo do clube nos próximos anos.