O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, deu uma declaração franca sobre os valores envolvidos na venda de Jhon Arias ao Wolverhampton, clube da Premier League, da Inglaterra. Além disso, ele explicou as razões por trás do valor da negociação, que envolveu € 11 milhões fixos (cerca de R$ 71 milhões) e € 5 milhões (R$ 32 milhões) em bônus, totalizando € 22 milhões por 90% dos direitos econômicos do jogador. O Patriotas, que detinha 50% dos direitos de Arias, receberá € 6 milhões (R$ 49 milhões).
Por que o valor não foi maior?
Segundo Bittencourt, a idade do jogador e o desejo dos atletas em jogar na Premier League influenciam diretamente no preço das negociações. “Esse é um case de sucesso muito bonito. De um jovem jogador que vem da Colômbia para o Brasil e se torna o melhor atleta da liga brasileira e que, infelizmente, por causa da idade, não está indo para um valor muito acima do mercado que as pessoas acham”, explicou o dirigente.
Ele ainda ressaltou as diferenças em relação a outras ligas, como a Rússia e a Arábia Saudita: “A Rússia paga mais caro porque ninguém quer jogar na Rússia. A Arábia paga mais caro, porque ninguém quer jogar lá, somente se for por uma quantia absurdamente maior do que existe no Brasil ou na Europa. Então quem compra sabe o porque que tá pagando. É simples”.
O desejo de jogar na maior liga do mundo
Mário Bittencourt destacou que o maior interesse de Arias era jogar na Premier League, considerada a melhor liga do mundo. “A maior proposta que tivemos pelo Arias foi há dois anos, que não é nem perto dessa de hoje, foi de um clube da Rússia. Ele chegou e falou para mim: ‘Presidente, não quero jogar na Rússia. Só gostaria de sair do Fluminense um dia se for para a Premier League’”.
Sendo assim, o clube entendeu que o ciclo de Arias no Fluminense foi completo e que ele merecia esse passo na carreira. Portanto, a negociação respeitou o valor de mercado e o desejo do jogador, resultando em uma transação justa para todas as partes.
Com isso, a venda de Arias exemplifica a importância de respeitar o ciclo dos atletas e os interesses de mercado, dessa maneira garantindo sucesso para clubes e jogadores.
