As últimas movimentações no Fluminense chamaram atenção da torcida e da imprensa por três temas principais: a ausência prolongada e os sinais enigmáticos do atacante Joaquín Lavega; as declarações do presidente Mário Bittencourt sobre o Maracanã e a proposta de estádio próprio do Flamengo; e a polêmica envolvendo o processo de transformação do clube em SAF, com direito a nota oficial desmentindo informações da imprensa. Cada um desses temas ilustra os bastidores e desafios atuais enfrentados pelo clube carioca, tanto dentro quanto fora de campo.
Lavega segue sem atuar e provoca repercussão com mensagem enigmática
O atacante uruguaio Joaquín Lavega, do Fluminense, não entra em campo desde 8 de maio, quando participou de uma partida com equipe alternativa contra o GV San José, da Bolívia. Desde então, o jogador tem causado burburinho nas redes sociais, principalmente após publicar uma imagem destacando uma tatuagem com a palavra “resiliência”. A postagem foi interpretada como um sinal de perseverança em meio ao seu longo período afastado dos gramados.
A ausência prolongada do atleta tem levantado questionamentos entre torcedores sobre as razões de sua não participação nos jogos. Seja por decisões técnicas, questões físicas ou estratégicas, o fato é que o atacante está fora da rotação há mais de três meses. Ainda assim, sua postura nas redes sugere que continua mentalmente engajado com o clube e preparado para uma possível volta.
A simbologia da tatuagem, somada ao silêncio oficial do clube sobre seu aproveitamento, dá margem a especulações, mas também evidencia um jogador que se esforça para manter a motivação e a imagem positiva junto à torcida. Sua mensagem pode servir de inspiração dentro do elenco, reforçando conceitos como superação e foco.
Mesmo afastado, Lavega permanece como um nome observado, tanto por sua postura quanto pelo potencial ainda não completamente explorado. O Fluminense, por sua vez, mantém atenção ao desempenho de seus jogadores, e a torcida segue aguardando uma definição sobre o futuro do atacante.
Presidente do Fluminense defende permanência no Maracanã
Durante participação no Penido’s Podcast, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, comentou sobre a intenção do Flamengo em construir um estádio próprio. Em tom respeitoso, elogiou a coragem do rival por encarar o desafio, mas deixou claro que o Tricolor seguirá apostando na permanência no Maracanã, considerado por ele um patrimônio estratégico e insubstituível para o clube.
Segundo Bittencourt, o Maracanã é o melhor estádio do mundo por seu valor histórico, localização e acessibilidade. Ele destacou a dificuldade de construir um estádio que seja financeiramente viável, lembrando que a manutenção e operação exigem uma receita constante que nem sempre é garantida, mesmo em clubes grandes.
O dirigente também mencionou os desafios enfrentados por outras agremiações brasileiras que tentaram viabilizar estádios próprios, como Palmeiras e Grêmio. Ele acredita que modelos de parceria privada se tornaram cada vez mais comuns no país, evidenciando que o projeto do Flamengo precisa ser muito bem estruturado para se sustentar a longo prazo.
“Vou dizer uma coisa que talvez ninguém tenha coragem de dizer. Aliás, eu acho que o Flamengo está tendo um pouco dessa coragem agora. De dizer isso agora, nesse momento que se discute a questão do estádio do Flamengo.”
Fluminense desmente rumores sobre SAF e divulga nota oficial
Após reportagem do jornal O Globo sugerir que a diretoria do Fluminense teria aprovado a proposta do BTG Pactual para transformação do clube em SAF, o clube carioca divulgou uma nota oficial desmentindo a informação. Segundo a diretoria, a decisão não cabe exclusivamente a seus membros e deve seguir um rito formal que envolve o Conselho Deliberativo e a Assembleia de Sócios.
O modelo de SAF em debate prevê investimentos para capital de giro, pagamento de dívidas e aportes contínuos, com preferência por um fundo formado por torcedores. A gestão também frisou a exigência de transparência e preservação da identidade tricolor ao longo do processo de transformação em clube-empresa.
“Para garantir a correta informação e impedir que especulações contaminem a construção do projeto de SAF, o Fluminense FC esclarece que a nota publicada hoje na coluna de Lauro Jardim, no O Globo, contém imprecisões. Não cabe à diretoria aprovar a proposta. Como está expresso inclusive no corpo da nota, essa decisão é da Assembleia de Sócios, após passar pelo Conselho Deliberativo”.
Apesar do desmentido, a reportagem indicava que o fundo cotista seria gerido pela LZ Sports, com apoio da FSB Comunicação, e que Mário Bittencourt poderia assumir o cargo de CEO da futura SAF. A diretoria tratou essas informações como especulação, ligadas ao clima eleitoral interno. Não há data definida para a convocação da Assembleia, mas o clube garante que o processo será feito com transparência e tempo hábil para debates entre os associados.
