Na véspera do duelo entre Fluminense e Chelsea, válido pela semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Renato Gaúcho demonstrou cautela ao abordar o tema do favoritismo na competição. O confronto, marcado para terça-feira (08), às 16 horas (horário de Brasília), será disputado no MetLife Stadium, em Nova Jersey.
Questionado sobre qual equipe seria favorita ao título, o comandante tricolor preferiu não fazer previsões, reforçando o foco na partida decisiva contra os ingleses. Durante entrevista coletiva, o treinador destacou a dificuldade do confronto e reafirmou a confiança no elenco que comanda desde o início da temporada.
Avaliação dos semifinalistas
Ao comentar sobre as quatro equipes que disputam a fase decisiva, Renato destacou o equilíbrio entre os clubes restantes no torneio: Chelsea, Real Madrid, Paris Saint-Germain e Fluminense. Segundo ele, qualquer um pode conquistar o troféu, desde que chegue à final.
“Sobre o favoritismo, eu tenho uma tese, é lógico que tanto o Chelsea, o Real Madrid e o PSG são poderosíssimos. E o Fluminense, a gente tem um sonho de chegarmos à final. Sabemos que é uma partida muito difícil amanhã, mas como falei, nós estamos trabalhando seriamente”.
O treinador também explicou por que evita apontar um favorito: “Estou confiando muito no meu grupo, para que a gente possa fazer mais uma vez uma grande partida e conseguir o nosso objetivo de chegarmos à final, com todo respeito ao Chelsea”, e completou:
“Aí você pergunta qual é o favorito para ganhar um título? Eu acho que, no momento, o que eu tenho que falar do Chelsea, que é uma partida muito difícil. Não dá para você pensar em quem é o favorito”.
Reação às críticas e valorização do trabalho
Renato aproveitou a entrevista para rebater críticas que recebe ao longo da carreira, especialmente no que diz respeito à parte tática. Com tom firme, o treinador questionou a capacidade dos críticos em analisar aspectos técnicos do futebol.
“Muita gente gosta de criticar, de falar de parte tática, mas a pergunta que faço é: quantos de vocês entendem de parte tática para criticar os treinadores? Será que vocês entendem tanto assim de tática? Será que entendem mais que um treinador?”.
Além disso, reforçou a importância do próprio mérito nas conquistas obtidas, ao afirmar: “Eu não conquistei vários títulos como treinador comprando os títulos, mas trabalhando. No Grêmio mesmo teve ano que eu implementei três ou quatro esquemas de jogo que deram certo. Nessa Copa do Mundo mudei o esquema duas vezes e deu certo. Estamos conseguindo os resultados em função do nosso trabalho”.
Contexto do torneio e valorização dos técnicos brasileiros
Por fim, o técnico celebrou o desempenho das equipes do Brasil na competição e destacou a evolução do prestígio dos profissionais do país no cenário internacional. Ele mencionou o trabalho conjunto de outros treinadores, como Abel Ferreira e Filipe, como parte do processo de resgate do respeito ao futebol nacional.
Segundo suas palavras: “Espero que os treinadores brasileiros estejam mais valorizados. Estamos resgatando o respeito pelo futebol brasileiro, pelos treinadores”.