O Grêmio optou por manter Mano Menezes no comando técnico, mesmo após a derrota para o Sport por 2 a 1, em Porto Alegre, pela Série A. O resultado, considerado preocupante internamente, elevou a pressão sobre o treinador, mas não foi suficiente para provocar sua saída. A decisão foi tomada após reunião realizada na terça-feira (12 de agosto) no CT Luiz Carvalho, com a presença da direção e do próprio técnico.
A permanência foi anunciada mesmo com a equipe ocupando a 15ª colocação na tabela e vindo de três derrotas consecutivas. O revés diante do time pernambucano agravou a instabilidade e motivou críticas contundentes por parte dos torcedores. Alguns chegaram a expressar frustração nas redes sociais, utilizando frases como “Série B nos aguarda”, em reação à decisão do clube.
Anteriormente, o time havia conseguido se afastar da zona de rebaixamento, com uma sequência de cinco partidas sem derrota, incluindo três vitórias. Esse momento de recuperação ocorreu antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes. Contudo, a equipe voltou a oscilar na volta aos jogos do Brasileirão, reacendendo dúvidas quanto ao desempenho sob o comando atual.
Mano Menezes reconheceu a necessidade de mudanças. Em entrevista após a derrota, o técnico admitiu que o equilíbrio entre defesa e ataque não tem funcionado. Segundo ele, “aquilo que escolhi precisa ser revisto em alguns aspectos, porque a equipe não está conseguindo nem se defender bem e nem atacar bem”.
O presidente Alberto Guerra reforçou a confiança no treinador e declarou, antes da reunião decisiva, que esperava uma análise serena da situação: “Foi uma semana boa de trabalho, isso que nos deixa chateado. Mas o futebol tem destas coisas, infelizmente temos que ter calma, serenidade”.
Mesmo diante da insatisfação da torcida, a diretoria avalia que uma eventual troca de treinador poderia impactar negativamente o planejamento da temporada. Por isso, o clube optou por manter Mano à frente da equipe, apostando em uma conversa franca com o elenco para retomar o foco competitivo.
Mano, por sua vez, deixou claro que pretende contribuir com a recuperação. “Precisa acontecer a curto prazo. Essa é minha promessa para o torcedor. Se não acontecer a curto prazo, não serei eu que vou atrapalhar”, declarou o técnico, sinalizando que aceita uma eventual saída caso não consiga entregar os resultados esperados.
A expectativa agora recai sobre a resposta imediata nos próximos jogos, com a necessidade urgente de pontuar para evitar nova aproximação da zona da degola. A comissão técnica trabalha com foco na reconstrução do sistema defensivo e na retomada da confiança dentro do grupo.