O Internacional entra em campo na quarta-feira (06), às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, precisando mais do que a classificação às quartas de final da Copa do Brasil. Após duas derrotas consecutivas — contra o Fluminense no jogo de ida, e diante do São Paulo pelo Brasileiro, ambas por 2 a 1 — o confronto tornou-se decisivo para o futuro de Roger Machado no comando técnico da equipe.
A direção colorada afirma que não cogita mudanças imediatas, mas a pressão da torcida, o desempenho abaixo do esperado e os bastidores do clube indicam um cenário instável.
Conforme declarou o vice de futebol, José Olavo Bisol, “não é pauta mudança no departamento. A nossa situação é que temos jogo na quarta-feira e não trabalhamos com essa hipótese (saída de Roger). Temos confiança total no Roger. Precisamos todos ter uma autocrítica e fazer uma remobilização”.
Reformulações táticas no Inter
Na tentativa de buscar um novo caminho, Roger Machado testou uma formação com três zagueiros no último domingo (03 de agosto), diante do São Paulo. O esquema, que espelhou o adversário, contou com a volta de Gabriel Mercado, além das estreias de Richard e Alan Rodríguez — este último, porém, não está inscrito na Copa do Brasil e será desfalque.
Roger admitiu que busca soluções para reverter o mau momento: “Meu trabalho como técnico é achar soluções. Já joguei com linha de cinco antes, seja com três zagueiros ou com um volante entrando na última linha. A confiança que eu tenho é que esse grupo já deu resposta outras vezes”.
Opções de escalação para o confronto
Com todos os titulares disponíveis para a decisão no Maracanã, Roger deve lançar mão da força máxima. Se optar por repetir a formação com três zagueiros, o time pode ter Rochet; Aguirre, Mercado, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Henrique e Alan Patrick; Carbonero e Borré, com Ricardo Mathias como possível alternativa ofensiva.
Caso decida voltar ao esquema tradicional, a provável escalação será: Rochet; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Henrique, Alan Patrick, Carbonero e Wesley; Borré. A única ausência confirmada é a de Alan Rodríguez, fora por não estar regularizado para a competição.
Ambiente interno e posicionamento do treinador
O ambiente no Beira-Rio é de cobrança intensa. Após a derrota para o São Paulo, Roger reuniu o elenco no vestiário e pediu entrega, união e responsabilidade. Segundo relatos, a conversa foi encarada como uma tentativa de mobilizar o grupo em torno do objetivo coletivo.
Apesar de considerar o momento delicado, o treinador mostrou resiliência: “Nos maus momentos, com todo direito, o torcedor pode se manifestar. O futebol vive de vitórias. Quando os resultados não aparecem, a torcida pede mudanças. Mas eu me sinto prestigiado. As instabilidades acontecem. Esta está demorando um pouco mais, mas também vai passar”.
Considerações finais
A pressão é grande, e o resultado contra o Fluminense será determinante para o futuro do técnico e para a estabilidade do departamento de futebol do clube. A diretoria sinaliza respaldo, mas o ambiente interno e externo exige uma resposta imediata — não apenas em termos de placar, mas sobretudo de desempenho. Afinal, a partida no Maracanã pode marcar um novo rumo na temporada colorada.
