Após garantir a classificação para as oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil, o Internacional voltou a campo pelo Brasileirão sob pressão. Antes da paralisação para o Mundial de Clubes, o time ocupava a zona de rebaixamento. Contudo, após vitórias consecutivas no retorno da competição, a equipe subiu para a 12ª colocação, a cinco pontos da área de risco.
Nesse novo contexto, Roger Machado tem promovido ajustes importantes no elenco. Uma das principais questões diz respeito à reposição de Alan Patrick, destaque absoluto na temporada com 22 participações diretas em gols. A ausência eventual do camisa 10 impõe um desafio tático, que o treinador começa a resolver com Bruno Tabata.
Revelado pelas categorias de base do Atlético-MG e com passagens por Palmeiras e Sporting, Tabata chegou ao Beira-Rio cercado de dúvidas. Entretanto, com atuações crescentes, ele tem ganhado espaço, mesmo atuando fora de sua posição original. Na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, foi novamente acionado na segunda etapa, ocupando o lado direito do ataque.
De acordo com Roger, o jogador expressou o desejo de atuar mais centralizado. “Ele saiu muito cedo do Brasil, e no exterior, onde o esquema com dois atacantes é mais comum, acabou atuando como um meia-ponta. Disse a ele que, como tenho poucas alternativas de lado, vou precisar dele por ali, contudo com maior liberdade de atuação”, explicou o técnico.
A conversa entre treinador e jogador, ocorrida nos bastidores do Beira-Rio, reforça o planejamento do clube em tornar Tabata uma peça multifuncional. A ideia é que ele atue preferencialmente aberto, mas com movimentação interna que aproveite sua leitura de jogo e técnica refinada, características valorizadas por Roger.
Além do meio-campo, o comandante colorado avaliou positivamente a consistência defensiva da equipe. Segundo ele, a retomada pós-paralisação também foi marcada por uma maior solidez do setor defensivo, aspecto que vinha sendo criticado anteriormente. A estabilidade da zaga tem permitido maior liberdade aos jogadores ofensivos.
A torcida, por sua vez, começa a demonstrar otimismo com o novo cenário. Afinal, o desempenho coletivo vem acompanhado de soluções individuais que oferecem alternativas viáveis ao elenco. Com a sequência da temporada e a disputa em múltiplas frentes, a presença de nomes como Tabata pode ser determinante para o rendimento regular do time.
Por fim, a expectativa é de que Roger siga testando variações com o meia nas próximas partidas, avaliando seu rendimento como alternativa direta a Alan Patrick, mas também como opção complementar em formações mais ofensivas.
