O Internacional chega a um momento decisivo na temporada com duelos consecutivos diante do Flamengo. Após a derrota por 3 a 1 no Beira-Rio, no domingo (17 de agosto), pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time de Roger Machado volta a direcionar o planejamento para o jogo de volta das oitavas da Libertadores, marcado para quarta-feira (20 de agosto), novamente contra os cariocas.
A prioridade do treinador ficou evidente na escalação alternativa utilizada no Brasileirão. Entre os considerados titulares, apenas Braian Aguirre iniciou a partida, e ainda fora de posição, atuando na lateral esquerda. O objetivo principal, segundo Roger, foi preservar o elenco para a decisão no torneio continental.
“A ideia não era evitar lesão, jogador machuca no treino. A ideia era a gente levar o time para quarta o mais descansado possível. Colocar os jogadores no campo, controlando o volume deles, é claro que tu corre o risco dos jogadores machucarem, mas felizmente não aconteceu”.

O treinador ressaltou que a derrota no Brasileirão não deve interferir no confronto da Libertadores. O Colorado precisa reverter a vantagem de 1 a 0 conquistada pelo Flamengo no primeiro jogo. Uma vitória simples leva a decisão para os pênaltis, enquanto um triunfo por dois ou mais gols garante a classificação no tempo normal.
“Embora com o cenário de derrota, eu tenho certeza que a gente vai mobilizar tudo o que puder para desfazer essa vantagem que o Flamengo tem pelo mínimo placar da primeira partida”.
Não é a primeira vez que Roger adota estratégia semelhante. Anteriormente, poupou titulares contra o Botafogo, sofreu goleada de 4 a 0, mas depois venceu o Nacional em Montevidéu pela fase de grupos da Libertadores. O técnico destacou esse exemplo para justificar a escolha feita no Brasileirão.
A relação com os torcedores também esteve em pauta após o apito final. O comandante interpretou os gritos de “quarta-feira é guerra” como incentivo. Para ele, as manifestações da arquibancada servem como combustível, e não como cobrança excessiva, para a decisão que se aproxima.
O clima é de expectativa máxima. A partida no Beira-Rio terá peso de decisão, afinal, além da rivalidade, está em jogo a vaga nas quartas de final da competição mais importante do continente para os clubes sul-americanos.
O Internacional chega pressionado por resultados recentes, mas mantém o foco no objetivo primordial. Roger Machado aposta na preparação física e emocional dos titulares para tentar reverter a desvantagem diante de um adversário direto e tradicional na história da Libertadores.