O Internacional voltou a campo no domingo (27 de julho), no Beira-Rio, e manteve a invencibilidade desde a retomada do Campeonato Brasileiro após o Mundial de Clubes. O empate em 1 a 1 diante do Vasco, entretanto, ficou longe de agradar o técnico Roger Machado, sobretudo pelos primeiros 30 minutos de atuação da equipe. O Colorado ocupa a 11ª posição, com 21 pontos somados até a 17ª rodada.
Apesar da manutenção da série invicta, o treinador admitiu incômodo com a postura inicial do time e classificou o começo da partida como o pior desempenho da temporada. Conforme Roger, o Vasco foi amplamente superior na etapa inicial e teve mais intensidade e concentração em campo. O adversário abriu o placar com Rayam, em jogada que contou com assistência do atacante David, ex-Inter.
“A conversa de intervalo foi nessa linha: rapaziada, as questões táticas a gente resolve, mas o nível de concentração dos primeiros 30 minutos tem que melhorar. Esses 30 minutos tenham sido os piores deste ano inteiro à frente do Inter. Ficou muito claro que o nível de prontidão que o Vasco entrou foi diferente do nosso”, disse o técnico.
Posteriormente, o Internacional equilibrou as ações e reagiu com boas oportunidades criadas, especialmente após o intervalo. Alan Patrick, Clayton Sampaio e Carbonero acertaram a trave adversária, e o goleiro Léo Jardim fez defesas importantes. O empate foi garantido com gol de Carbonero, que entrou no segundo tempo e deu novo ritmo à equipe.
Mesmo satisfeito com a resposta dos jogadores após o intervalo, Roger voltou a destacar a necessidade de uma mudança de atitude desde o apito inicial. Para ele, a falta de atenção e prontidão diante de um rival motivado custou caro física e emocionalmente, principalmente com um jogo eliminatório na sequência.
Segundo Roger, o desgaste para correr atrás do resultado pode ter impacto direto na partida contra o Fluminense, marcada para quarta-feira (30 de julho), pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O treinador também chamou atenção para o comportamento do setor defensivo, especialmente pelo lado direito, onde o Vasco encontrou mais espaços por falhas na recomposição.
“O prejuízo é levar o desgaste. Custa o físico e emocional. É um custo maior. Ao mesmo tempo que acabar com esse cenário, que o Vasco, pela partida, está lamentando, nós produzimos para virar e saímos com o sentimento de alta”, pontuou.
O confronto teve ainda um lance polêmico no fim: a expulsão de Léo Jardim por retardar a reposição da bola. A arbitragem entendeu a atitude como desrespeitosa e aplicou o cartão vermelho direto, gerando protestos dos vascaínos.