O Internacional e o Flamengo se preparam para um duelo decisivo pelas oitavas de final da Copa Libertadores, marcado para quarta-feira (20 de agosto), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio. O confronto ganhou contornos ainda mais intensos dentro e fora de campo, mobilizando tanto jogadores quanto torcedores.
A tradição das “ruas de fogo” estará presente novamente em Porto Alegre. A Guarda Popular, principal organizada colorada, arrecadou mais de R$ 30 mil para garantir sinalizadores vermelhos e preparar a recepção da delegação do time. O objetivo é criar um ambiente de pressão e apoio antes da bola rolar.

“Nosso agradecimento aos colorados de todas as plagas que nos ajudaram na arrecadação para as Ruas de Fogo contra o Flamengo. Em breve informações sobre o trajeto, horários e normas de segurança. TUDO PELA COPA LIBERTADORES!”, destacou a Guarda Popular.
O histórico da festa não é recente. A prática acompanha o Inter desde campanhas memoráveis, como as conquistas da Libertadores em 2006 e 2010, e foi reeditada em momentos decisivos da edição de 2023. Para este jogo, o Beira-Rio deverá receber 50 mil torcedores, restando apenas entradas no setor “Coração do Gigante”.
Dentro das quatro linhas, o Flamengo chega em vantagem após vencer o jogo de ida no Maracanã por 1 a 0, gol de Bruno Henrique. Assim, a equipe carioca pode empatar para garantir a classificação, enquanto o Inter precisa vencer por dois gols de diferença para avançar diretamente. Caso triunfe por apenas um gol, a vaga será definida nos pênaltis.
Do lado rubro-negro, o técnico Filipe Luís reconheceu a dificuldade do duelo e não poupou elogios ao meia colorado Alan Patrick.
“Mas o Alan Patrick é um jogador extraordinário, é um prazer ver ele jogar. Temos que estar atentos aqui. Quando ele tem a bola em seu pé, faz a diferença”.
O treinador também projetou a postura do adversário no Beira-Rio.
“O Inter tem que nos pressionar, não tenho dúvida de que eles vão tentar. O Inter tenta ter a bola, pressionar o adversário, hoje mesmo tentaram e conseguiram criar algumas jogadas de perigo. É uma coisa que não abrem mão”.
Enquanto isso, o comandante colorado Roger Machado explicou a estratégia de poupar titulares na derrota por 3 a 1 para o Flamengo no último duelo do Brasileirão. Segundo ele, a prioridade era manter a equipe principal preservada para a Libertadores.
“Entramos com um time que podia competir. Sabíamos que o jogo seria difícil, mas também sabíamos que quarta-feira é uma final pra gente. Quando vimos que o cenário estava se desenhando com 3×0 contra, aí sim colocamos os titulares pra tentar mudar o panorama. E conseguimos reagir, mostramos outra postura”.
Assim, expectativa e clima de decisão cercam Porto Alegre, onde a atmosfera das arquibancadas e a pressão dentro de campo prometem marcar a noite de quarta-feira.