Em meio ao colapso administrativo de alguns dos maiores clubes do país, o jornalista Milton Neves surpreendeu ao eleger Corinthians e Atlético-MG como as duas torcidas mais fanáticas do Brasil. Em artigo publicado no portal UOL, o comunicador destacou que, apesar dos graves problemas financeiros enfrentados por ambos, suas arquibancadas seguem inabaláveis. “Porque a paixão é maior que a razão”, escreveu ele, em tom de reverência aos torcedores.
Galo em crise: atrasos, processos e tensão interna
O Atlético-MG vive um momento delicado. Mesmo com um dos elencos mais caros do país e uma nova arena moderna, o clube enfrenta uma avalanche de dívidas e atrasos salariais. O caso mais recente foi o do atacante Rony, que acionou a Justiça pedindo a rescisão de contrato e outros atletas seguiram o mesmo caminho.
Isso porque o ambiente interno no Galo se deteriorou rapidamente. Jogadores insatisfeitos, processos trabalhistas e a folha salarial elevada se tornaram temas recorrentes nos bastidores do clube. Com isso, os donos da SAF precisaram se reunir com o elenco em busca de soluções. Milton Neves resume: “O que outrora era motivo de alívio, hoje se transformou em dor de cabeça, angústia e até vergonha”.
Timão afunda em dívidas e turbulência política
O Corinthians também não escapa das críticas. A dívida bilionária que ultrapassa R$ 2 bilhões, somada ao afastamento do presidente Augusto Melo e escândalos envolvendo dirigentes, colocaram o clube em um cenário caótico. Ainda assim, o amor da torcida permanece inabalável. “As arquibancadas seguem lotadas. Porque o amor do corintiano […] é daqueles que desafiam a lógica”, afirmou Milton.
Entre glórias e frustrações, a paixão resiste
Sendo assim, enquanto Flamengo e Palmeiras acumulam títulos e estabilidade, Corinthians e Atlético-MG tropeçam em sua própria gestão. Vale destacar que, na visão de Milton, a grandeza dessas torcidas não está nos troféus recentes, mas na fidelidade incondicional.
Desse jeito, ele conclui com uma crítica direta: “As duas torcidas mais fanáticas do Brasil não mereciam tamanha incompetência”. Portanto, fica o alerta a paixão resiste, mas a paciência tem limite.
