O Palmeiras atravessa um momento turbulento dentro e fora de campo. Após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Corinthians e o empate com o Vitória pelo Brasileirão, o time chegou a três partidas sem vitória, o que aumentou a pressão sobre a diretoria e o técnico Abel Ferreira. Atualmente, o Verdão ocupa a terceira colocação na tabela, com 33 pontos em 16 jogos, quatro atrás de Flamengo e Cruzeiro.
Neste sábado (09), o clima de insatisfação voltou a ficar evidente nos arredores do Allianz Parque. Torcedores penduraram uma nova faixa de protesto em frente ao portão A do estádio, com a frase: “Paciência é o c*****! Acabou a paz”*. A mensagem é uma resposta direta às declarações da presidente Leila Pereira, feitas na sexta-feira (08), quando pediu calma à torcida durante a apresentação do lateral-direito Khellven.
“Tenham um pouco de paciência. Estamos em processo de reformulação e, às vezes, precisamos de um certo tempo para as coisas andarem como desejamos”, afirmou Leila, reforçando a defesa de Abel Ferreira, alvo de críticas por resultados recentes e por comportamentos fora de campo que incomodaram parte da torcida.
Além disso, a presidente foi enfática ao rechaçar questionamentos sobre a competência do treinador: “Não posso admitir as pessoas duvidarem da capacidade do nosso treinador, da nossa comissão técnica, do nosso trabalho. Isto é inadmissível, ainda mais um profissional como o nosso treinador: vencedor, profissional e competente”. Leila reafirmou a intenção de renovar o contrato de Abel até o fim de 2027, embora o vínculo atual termine no fim deste ano.
O protesto deste sábado se soma a outras três faixas instaladas na quinta-feira (07), um dia após o dérbi. Nelas, as frases “Cabeça vazia, fralda cheia, time cagão” – em ironia ao lema de Abel “cabeça fria, coração quente” – além de “Fora, Abel” e “Presidente inexistente, diretoria incompetente” deixaram claro o tom de cobrança.
As manifestações começaram ainda na terça-feira (05 de agosto), quando três torcedores levaram cestas com leite em pó, creme de avelã e fotos de jogadores e do técnico à porta da Academia de Futebol. Na derrota para o Corinthians, xingamentos a Abel, Leila e ao diretor Anderson Barros se espalharam pelo estádio.
Mesmo diante das críticas, a diretoria mantém o planejamento. A postura oficial é de confiança no trabalho da comissão técnica, sem mudanças estruturais imediatas. O próximo compromisso do time será neste domingo (10 de agosto), às 16h (horário de Brasília), contra o Ceará, no Allianz Parque, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
As faixas, ainda expostas no entorno do estádio, simbolizam a tensão que tomou conta do ambiente alviverde, sobretudo em um momento decisivo da temporada, quando resultados e clima interno caminham lado a lado.
